domingo, 29 de novembro de 2009

PROJETO DAS CURSISTAS: ENAIDE e ELIETE

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS PROGRAMA GESTAR

PROJETO:LEITURA, CAMINHO REAL HOJE E NO FUTURO.
ELIETE OLIVEIRA ANDRADE CEZAR
ENAIDE DE JESUS SOUZA SATELES
Wagner – BA
2009 ELIETE OLIVEIRA ANDRADE CEZAR
ENAIDE DE JESUS SOUZA SATELES

Projeto apresentado à Professora Rita de Cássia Rodrigues Souza, Formadora do curso gestar II, Lingua Portuguesa. Como requisito de avaliação.

Wagner – BA
2009

LEITURA, CAMINHO REAL HOJE E NO FUTURO.

Problema:
As recentes mudanças na conjuntura econômica, a globalização e a informatização tem sido uma série de reflexos sobre o papel da escola dentro deste modelo de sociedade desenhado neste início do século. Para sensibilizar e desenvolver o gosto pela leitura, o aluno precisa se desprender um pouco do computador e envolver-se com o trabalho que a escola tem oferecido que é o cumprimento de projetos didáticos, cujo assunto é leitura e escrita, onde tem usado uma diversidade textual, com metodologias e usos de recursos diferentes.
Leitura, necessidade de vida hoje e não uma preparação para o futuro, família-escola-comunidade, define representar vida real para o sucesso de cada aluno, assim, serão capazes de serem leitores críticos, pois é uma das demandas para o mercado de trabalho. A escola precisa ser o espaço que compreende o uso ético e estético da linguagem verbal e não verbal, com o objetivo de instrumentalizar o aluno para atuar no plano social, cultural e pessoal.
Tema:
A escola Instituto Ponte Nova, preocupa-se em formar alunos leitores, por isso os professores da mesma, tem procurado se qualificar com o objetivo de adquirir novos conhecimentos para melhorar o seu desempenho no dia a dia, em suas práticas pedagógicas. Resultando assim numa aprendizagem que é preparar o aluno para a leitura não só na sala de aula e sim leitura de mundo.
Justificativa:
A Nossa Unidade Escolar, após diagnostico,percebe que muitos dos alunos tem problemas de autoconhecimento, relacionamento e baixa auto-estima. Diante do exposto propomos em reunião com os professores para que cada turma tenha um professor responsável, sendo PADRINHO ou MADRINHA, de modo que as ações a serem realizadas venham contribuir para melhorar a qualidade de vida e principalmente á formação cidadã.
Este projeto incentivará os alunos à leitura e sensibilizar o pensamento sem perder de vista a realidade em sintonia com os novos rumos dos acontecimentos sociais, culturais analisando fatos de acordo com a própria vida, tendo a leitura do mundo contextualizado como ponto de partida para o questionamento entre a vida e as ações vividas hoje e antes, desenvolvendo a criticidade, o gosto pela leitura, envolvendo assim, a comunidade na construção e aperfeiçoamento de novas habilidades de leitura e conhecimentos de gêneros textuais estudados.
Fundamentação teórica:
Durante os últimos anos, a crítica ao ensino da Língua Portuguesa centrado em tópicos de gramática escolar e as alternativas pelos estudos lingüísticos, principalmente no que se refere à consciência dos fenômenos enumerativos e á analise tipológica dos textos, permitindo uma visão muito mais funcional da língua.
Os alunos, por sua vez, ao se relacionarem com qualquer texto, sempre farão segundo suas possibilidades; isto aponta para a necessidade de trabalhar com conteúdos que lhes interessam, então, a escola está cumprindo com sua responsabilidade proporcionando aos educandos oportunidade de adquirir novos conhecimentos, pois estão relacionados a assuntos do seu cotidiano.O aluno ao entrar na escola já sabe pelo menos uma das variedades lingüísticas, aquela que aprendeu por estar inserido em uma comunidade de falantes.Com a escola ele aprende as exigências apropriadas para certas circunstâncias.
O texto oral vem levando o aluno a descobrir seu potencial de criação e interpretação, mostrando sua desenvoltura, quando compartilha de contos de fadas ou de estórias de livros paradidáticos, ampliar suas referências do mundo e trabalhar, simultaneamente, com todas as linguagens.
(Fanny Abramo, 1995.p.5) “A preocupação fundamental da escola com um aluno vivo, inquieto e participativo, com um professor que não tema suas próprias dúvidas e com uma escola aberta, viva, posta no mundo e ciente de que estamos chegando ao século XXI”.
A crise de leitura é em nível de Brasil, e valorizar a pesquisa, a procura de textos diversificados ajudarão no desbloqueio do crescimento intelectual do ser humano, a abertura para se expressar, não seguindo padrões a serem copiados, mas abrindo leques de alternativas, dando importância á postura crítica, ao compreender o universo circundante sabendo olhá-lo, ao estar inquirindo permanentemente ao freqüentar outras classes sociais, se reformulando, se refazendo, exatamente como caminharam em sua infância.
Preparando profissionais, seja ele quem for, está à exigência de seu constante aperfeiçoamento, de superação do especialismo que não é o mesmo que especialidade.
“O Profissional deve ir ampliando seus conhecimentos em torno do homem, de sua forma de estar sendo no mundo, substituído por uma visão ingênua da realidade deformada pelos especialistas estreitos”.(Paulo Freire, p.76).
Na educação, não basta planejar ou discutir a importância da leitura, levar o aluno para a biblioteca onde o próprio bibliotecário não tem conhecimento dos livros, o bibliotecário moderno precisa ser uma mistura de técnico com intelectual para ser um guia facilitador do leitor.
O bibliotecário precisa ser, ele mesmo, um bom leitor.Não se trata, evidentemente, da memorização dos títulos contidos no catálogo, por isso, um catálogo bem organizado ou um computador pode armazenar e servir os leitores, mais rápida e eficientemente, ser um conhecedor de livros significativos por possuir um repertório amplo de leituras, que sirvam para orientar intelectualmente os usuários e para dimensionar a qualidade do acervo.(Rubem Borba de Moraes, 1986, p.94).

O ato de ler se constitui num instrumento de luta contra a dominação. A manipulação do povo pode ocorrer através de uma real contradição. Pode-se considerar ainda que estamos vivendo numa sociedade letrada.Isto quer dizer que os veículos escritos são necessários à própria sobrevivência e atualização dos homens nesse tipo de sociedade.
Trazer para a sala de aula notícias, reportagens, depoimentos com enfoques e pontos de vista, diferentes gostos pela leitura e desenvolver habilidades de comprar, selecionar, analisar, sintetizar e argumentar a fim de ampliar o olhar e a criatividade.
Refletir sobre as informações que recebemos diariamente tornou-se tarefa das mais complexas, de modo que cada vez mais os jovens precisam ser desafiados a comprá-las e buscá-las em diferentes fontes. “Formar estudantes críticos faz parte dos grandes desafios da educação, e o contato com jornais e revistas possibilita uma leitura mais ampla do mundo em que vivemos”.(Maria Izabel. 2007, p.15).
Nesta era da informação, aprender a fazer perguntas vale mais do que obter respostas, e com o desenvolvimento das novas tecnologias, nessas últimas décadas, o ser humano tem mostrado o seu desenvolvimento com o conhecimento de mundo.
No processo educacional, é preciso que repense, o aluno é um elemento que deve ser preparado para a vida e não para o acúmulo de informações. Algo deve ser feito para que o aluno possa ser referencial da Unidade Escolar a qual ele pertence.
A presença de analfabetos (iletrados) no Brasil não nasce por acaso ou porque os indivíduos optaram por não ler, o problema é que as autoridades não estão interessadas em desenvolver o gosto pela leitura junto a todos os segmentos da população.
A leitura crítica é condição da educação libertadora, é condição para a verdadeira ação cultural que deve ser utilizada nas escolas.
A leitura escolarizada tem servido a propósitos de memorização das normas gramaticais, reprodução de dogmatismos, celebrações cívicas, aumenta de vocabulários, motivação para a reprodução textual.

Durante muito tempo, a escola priorizou a cópia e a decoreba como estratégia de aprendizagem. A situação começou a mudar no final da década de 1970. A criança estabelece, muito cedo, hipóteses em relação á escrita (primeiro ler desenhos, depois percebe que as letras existem, e por último compreender como usar as letras para escrever), por isso, é necessário compreender que as idéias do aluno envolvem e, assim, dar espaço e mostrar o que já sabe. O caminho para transformar copistas em leitores eficientes. (Emilia Ferreiro, 2003, p.14).
A estrutura do conhecimento oficial é também a estrutura da autoridade social, a dimensão quantitativa e qualitativa depende das condições de cada Unidade Escolar, portanto, o primeiro pesquisador, na sala de aula, é o professor que investiga seus alunos.
A leitura amplia nossas referências de mundo. A leitura é uma necessidade de hoje, pois as crianças precisam ter acesso á norma culta desde cedo para poder ter uma participação social afetiva no futuro.

Engana-se quem acha que escolarizar a educação Infantil está ocupando o tempo com brincadeira, para ensinar conceitos e definição de língua. Assim como oferecemos experiências com música, arte e natureza, apresentar práticas sociais de leitura e escrita é algo que as crianças também têm o direito de vivenciar. De fato, num país como o nosso, em que apenas 26 % da população é plenamente alfabetizada e onde cada cidadão lê em média apenas 1,8 livro por ano (contra 2,4 na Colômbia, cinco nos Estados Unidos e sete na França), estimular a leitura desde os primeiros anos de escolaridade é uma importante missão da escola. (Beatriz Gouveia, 2007, p.88).

Estudos mostram que a criança não utiliza o contexto espontaneamente, em particular aquelas crianças que convivem com uma história de fracasso em relação á leitura.
‘Tal capacidade pode começar a ser desenvolvida desde as primeiras séries, através de textos curtos, apoiados por gravuras, onde as possíveis dificuldades de leitura são contornadas com forma lúdica, o uso metafônico de linguagem e relação entre contexto e significado.” (Luiz Fernando Veríssimo, 1982.p.70)”.
A leitura torna-se potencialmente aberta ao pensamento operativo sobre o conteúdo. Ao invés de se classificar e avaliar as crianças segundo critérios espúrios de leitura e QI, as crianças formariam grupos, de acordo com seu próprio nível de desenvolvimento intelectual.
Com maior ou menor apoio do governo municipal, estadual ou federal, os profissionais de educação estão marcando presença em cursos de aperfeiçoamento, graduação e pós-graduação e tem procurado fazer a diferença no processo de construção de um novo modelo educacional para o país.
Objetivo geral:
.Estabelecer que a Educação é um processo de vida, e que a cultura gerada pela leitura se tornara eficaz para o indivíduo e o meio em que vive, pois serão leitores competentes com o aprendizado de diversificados textos.

Objetivo(s) Específico(s):
*Formar professores leitores de sala de aula.
*Educar o aluno para a leitura.
*Questionar quanto ao número elevado de reprovação.
*Compreender o uso estético da linguagem verbal e não verbal, no plano social, cultural e pessoal.
*Pesquisar o porquê do desinteresse do aluno.
*Estudar métodos para levantar a auto-estima do aluno.
*Averiguar textos para conhecimento e uma aprendizagem significativa.

Metodologia:
Oferecer ao educando atividades que venham despertar o gosto pela leitura e levantar sua auto-estima através de: textos narrativos, descritivos, dissertativos, jornalísticos, literários, não literários, dramatizações, momento de leitura, poesias, paródias, confecção de murais, cartazes, ouvir e interpretar músicas, assistir filmes, elaboração de entrevistas, seminários, debates, júris simulados, confecção de livros e histórias em quadrinhos.
Criar oportunidades para reflexão crítica e imaginativa do aluno, onde ele expressará suas emoções vividas no dia-a dia, elaborando um jornal escolar, produzindo programa de rádio na FM 87.9 e produzindo CD-ROM.
Convocar pessoas da comunidade para participar e liderar atividades do projeto. Formar equipes da escola juntamente com a comunidade para o desenvolvimento e avaliação do projeto, analisando:
*Se as propostas estão sendo executadas.
*O envolvimento dos professores com amor e responsabilidade.
*Está sendo válido com uma aprendizagem significativa.
*O aluno tem participado e mostrado interesse pelo programa.
*Tem melhorado a auto-estima do aluno.
*Esta tendo envolvimento com a família e comunidade.
Haverá o momento de organização e planejamento do Projeto, com Escola-Comunidade.
O Protejo será apresentado em três reuniões, e executado a partir de março até julho de 2010, tendo a culminância com a programação especial de apresentação das melhores atividades realizadas durante o projeto:
*Uma apresentação das atividades desenvolvidas em cada mês.
*O material de apoio do projeto, ser fornecido pela própria Unidade escolar.
Conteúdos:
Os diversos gêneros textuais, contextualizando com os assuntos de literatura e regras gramaticais.
- Crônicas e contos
- Lendas e parlendas
- Músicas e paródias
- Textos poéticos
- Textos jornalísticos
- Texto prosa
- Romances e etc.

Público alvo:
Colegiado escolar, grêmio estudantil, direção, professores, funcionários, alunos do ensino fundamental do Instituto Ponte Nova, famílias e integrantes da comunidade de Wagner-Bahia.
Cronograma.
Mês Atividades para desenvolver

Março: 1.Reunião com direções de grupos da escola e comunidade para falar do Projeto, e ouvir sugestões.
2.Escolher a clientela que participará do programa.
3.Apresentar o Programa á direção, professores e alunos.
4.Reunião com professores.
5.Definir as turmas e suas atividades.
6.Selecionar materiais.
7.Início do Projeto.
Abril: 8-Mobilizar as turmas para as atividades.
9. Avaliação das atividades.
10. Registros individuais.
11.Aplicar oficinas literárias.
12.Apresentação de atividades.
Maio: 13.- Produzir textos para avaliação do programa.
14.-Fazer oficinas na área da escola.
15. Apresentação das atividades.
Junho: 16- Reunião com líderes para avaliação do programa.
17 - Produzir relatórios para avaliação.
18 - Apresentação
Julho: 19- Dia da leitura.
20- Apresentação na área da escola.
21- Dia da leitura.
22- Apresentação na área da escola.
23 -Culminância do programa com;
24 -Apresentação das melhores atividades.
25 -Preparar lanche para todos os envolvidos.
26 -Considerações finais (agradecimento).
27 -Produção de relatório final.


Recursos:
*Recursos tecnológicos (Data-Show, TV, DVD, CDs, aqparelho, Microssystem, episcópio, telefone, filmadora, câmera digital, máquina de xeróx, retroprojetor).
*Material do aluno
*Material do professor
*Papel (ofício, pautado, metro)
*Jornais, revistas e livros
*Cola, tesoura, pincéis


Avaliação:
*Oralidade, pontualidade, pronúncia, participação, organização, desenvoltura.
*Apresentação teatral em hasteamento e grêmios


Referências Bibliográficas:
ALESSANDRO, Márcio de Melo. Mundo Jovem - Um jornal de idéias. Um projeto de leitura na escola. Ano 45. º 374. Março, 2007. P.5-6

LA TAILE, Ives. Revista Nova Escola. Ano XXI. Nº 197. Novembro, 2006. P.20-39

Parâmetros Curriculares - Língua Portuguesa. Vol. 2. Brasília 1997.

XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. 2ª ed. Ediouro. São Paulo, 2000.

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