segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

fotos da oficina de avaliação do programa/2009













RELATÓRIO DA OFICINA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

GESTAR II 2009 - PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

RELATÓRIO DA OFICINA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA



Formadora: Rita de Cássia Rodrigues Souza
Formadora – UNB: Rosa Maria Olimpio
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II
DIREC 18
Itaberaba – BA

GESTAR II - Língua Portuguesa

Data- 14/12/2009
Horário: 08: 00
Carga Horária: 240 MINUTOS

Roteiro da oficina

1.Apresentação do Roteiro e Objetivo
2.Sensibilização
3.Atividade do Espelho
4.Avaliando a minha prática
5.Avaliação do Programa
6.Dinâmica das bolas
7.Encerramento e confraternização


OBJETIVO: Refletir sobre a práxis do professor cursista, a partir das contribuições do Programa GESTAR.

ACOLHIMENTO:

Os cursistas foram recepcionados com boas-vindas e abraços ao som da música de Simone “Então é Natal” com o objetivo de refletirem sobre suas ações durante o ano de 2009. Apresentei-lhes o objetivo e o roteiro da oficina.

DESENVOLVIMENTO:

Após a apresentação do roteiro e do objetivo da oficina convidei os cursistas a ficarem em círculo para participarem da dinâmica da viagem que tem o objetivo de trazer a tona, os critérios de avaliação de cada um, os valores, a discriminação, os pressupostos, os rótulos, a subjetividade com que realizam cada escolha, suas pré-concepções, etc. Já estavam espalhadas em três cadeiras fotos de pessoas. Expliquei-lhes como funcionaria a Dinâmica e que cada um havia ganhado uma viagem para três pessoas, mas que os acompanhantes no último momento tiveram um imprevisto e deverão ser substituídos. Portanto, cada um deveria escolher três pessoas com quem deveria ter o prazer de viajar e explicar o porquê de cada escolha. Foi maravilhosa esta dinâmica e interessante ouvir as explicações de cada um.
Em seguida, apresentei-lhes uma caixa com um espelho dentro de forma oculta com o seguinte questionamento: VOCÊ GOSTARIA DE SER MEU ALUNO? Todos estavam curiosos para saber o que havia dentro da caixa e eu fazendo suspense. Expliquei-lhes que não podiam falar o que havia dentro da caixa, apenas olhar e refletir sobre a pergunta sem externar suas opiniões. Foi um momento muito importante, e interessante as expressões de cada um ao verem sua própria imagem refletida dentro da caixa. Após esta dinâmica distribuí o questionário do anexo 4 para que os cursistas respondessem individualmente, depois entreguei a ficha de respostas do anexo 5 e fizemos uma breve reflexão sobre as respostas que marcaram e as possíveis respostas. Em seguida, entreguei-lhes também a Auto-avaliação; refletimos e discutimos sobre a caminhada do professor cursista dentro do Programa GESTAR.
O momento da Dinâmica das bolas foi maravilhoso. Após todos encherem as bolas, foi feito a leitura dos comandos sugeridos, estouramos as bolas e houve o abraço de confraternização. As palavras de agradecimentos e votos de um Natal e um Ano Novo de muitas realizações foram em meu nome e em nome da equipe do GESTAR a todos os professores que bravamente conseguiram vencer as dificuldades do dia-a-dia, com o desejo de que todo este trabalho seja de fato colocado no planejamento e na prática escolar, pois desejamos aumentar o índice de aprendizagem de nosso alunos. Finalizando nosso encontro entreguei-lhes um DVD com as fotos de todas as oficinas realizadas durante o ano de 2009, alguns vídeos e slides também usados e discutidos nas oficinas. Socializamos a merenda que trouxemos: bolo, panetone, queijadinha, guaraná e despedimo-nos com a certeza de que o Ano de 2010 será muito promissor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PROJETO REMANESCENTES QUILOMBOLA -CURSISTA IARA

DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – DIREC 18
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS
PROGRAMA GESTAR
COLÉGIO ESTADUAL EURÍDICE SAN´ANA.


MARIA IARA DA ROCHA BACELLAR

REMANESCENTES QUILOMBOLAS:
“Raízes e Trajetórias”

Projeto orientado pela formadora professora Rita de Cássia Rodrigues Souza, formadora do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar, GESTAR II como requisito para a formação do cursista.

MARCIONÍLIO SOUZA– BAHIA
Dezembro - 2009.


REMANESCENTES QUILOMBOLAS:
“Raízes e Trajetórias”

PROBLEMÁTICA
A constatação da existência de comunidades com fortes traços físicos, culturais e geográficos de Remanescentes de Quilombos no município de Marcionílio Souza e a inexistência de projetos de pesquisa ou documentários que validem esses traços.

TEMÁTICA
Com este projeto “Remanescentes Quilombolas: raízes e trajetórias” pretende-se conhecer a história e a cultura formadora da população de Marcionílio Souza através de pesquisa de campo, identificando traços que caracterizem a existência de “Comunidades Remanescentes de Quilombos”, oportunizando assim, o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos acerca da temática abordada.

JUSTIFICATIVA
Analisando a necessidade de interação com o meio social e a aquisição de informação inerente ao reconhecimento das raízes históricas que formam a riqueza cultural do povo de Marcionílio Souza surgiu a necessidade de desenvolver o projeto interdisciplinar com o propósito de reconhecer e localizar geograficamente, a presença de “Comunidades Remanescentes de Quilombos” .
Em tempos que se busca corrigir anos de injustiças sociais, ideologicamente demarcadas pela estereotipia dominante, caracterizada pelo racismo, discriminação e violação de direitos humanos, fica evidente que ainda é longa a jornada para que se faça entender que os negros, na sua maioria, continuam às margens da sociedade, camuflados pelo “Mito da Democracia Racial” tão difundido por escritores renomados como Gilberto Freire e Jorge Amado e ratificado por autoridades políticas nos dias atuais.
Em nome de uma “raça’ superior, já se cometeram milhares de atrocidades durante a história da humanidade. O Apartheid na África do Sul e o trabalho escravo no Brasil e em diversos países do mundo são provenientes de uma filosofia de superioridade racial. “Não se vende mais o corpo do negro ou do trabalhador como antigamente, mas se negocia com a sua identidade, imputando-lhe uma carga de inferioridade e discriminação que fere tanto quanto a venda de seu corpo”. Essas questões continuam incorporadas às práticas, às políticas e a composições institucionais que levam um grupo de uma raça ou cor a estar em desvantagem e outra a gozar de privilégios.
Como disse Paulo Freire:
“Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina”.

Os governantes ainda não apresentaram propostas capazes de diminuir a distância econômica entre ricos e pobres. Com isso, o reflexo é sentido na educação e a desigualdade se instala na hora da largada onde os mais ricos estudam em colégios particulares e caros, fazem cursinhos pré - vestibulares e em decorrência disso passam nos vestibulares das universidades públicas e estudam de graça, isto é: a custa dos impostos pagos por todos os brasileiros ricos e pobres.
Em contra ponto, os mais pobres, na sua maioria negra, estudam em escolas públicas tratadas como investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, mal cuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos. Nessas condições, não se pode falar em igualdade social ou racial.
De acordo com Luis Eduardo Soares (pg 187) do livro Cabeça de Porco, “as sentenças cospem no sistema penitenciário e nas entidades socioeducativas os personagens de sempre, “os restos” da sociedade, sobras indigestas. Os presídios estão repletos de pobres, jovens e negros do sexo masculino”. As escolas públicas não têm cumprido a função a que se destinam. Tem se preocupado apenas em formar (enquadrar dentro de uma forma) os estudantes, na sua maioria, negros e pobres para que estes obedeçam, respeitem e ainda amem qualquer tipo de autoridade. Só assim, na hora certa, estarão preparados para obedecer aos sistemas políticos, econômicos e sociais quando deles forem cobrados.
Portanto, a função do professor enquanto educador é estimular o estudante para que se torne cidadão conhecedor e atuante no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica; consciente do seu papel social, capaz de interferir positivamente na construção de uma sociedade mais justa e igualitária e é isso que está sendo delineado na concepção desse projeto

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O projeto apresenta uma proposta de trabalho de pesquisa partindo de marcos referenciais relevantes da cultura afro–brasileira, proporcionando discussões acerca do contexto histórico, legislação e política de afirmação no negro no Brasil, com o intuito de dar maior visibilidade às questões sociais, diretamente ligadas às questões raciais.
Guimarães (1995) afirma que “A idéia de que o Brasil era uma sociedade sem “linha de cor”, ou seja, uma sociedade sem barreiras legais que impedissem a ascensão social de pessoas de cor a cargos oficiais ou a posições de riqueza ou prestígio era já uma idéia bastante difundida no mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, bem antes do nascimento da sociologia”.
Afirma ainda que ao analisar indivíduos negros e brancos em várias dimensões, torna-se perceptível que estes, sempre estiveram em posição desigual em relação a oportunidades e direitos.
Por muito tempo acreditou-se que o Brasil se caracterizava por não houver obstáculos para a ascensão social do negro e do mulato. Tal idéia deu lugar à construção mítica de uma sociedade sem preconceitos e discriminação racial.
Cabe esclarecer que o termo raça é utilizado frequentemente nas relações sociais brasileiras, para informar como determinadas características físicas como a cor da pele, tipo de cabelo, entre outras, influenciam, interferem e até mesmo determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira. ( DCN pg 13)
Ortiz (1988: p.36-44) ao analisar a ideologia nacional brasileira e ao estudar as comunidades que se fizeram presentes nas décadas do “embranquecimento”, conclui que a definição de uma identidade nacional “mestiça” surtiu um efeito homogeneizador, dificultando o discernimento entre as fronteiras e os efeitos “da cor”, a organização política dos “de cor” chamados negros, tendo como principal conseqüência a permanência destes nos índices de marginalidade social.
A teoria da mestiçagem movimentou-se em várias direções invisibilizando o grupo social advindo da vertente africana, para esculpir um país embranquecido pela violência simbólica, criando vários subgrupos hierárquicos segundo as gradações da “cor”, embaralhando alguns critérios de diferenciação social, permitindo a mobilidade de apenas alguns.
Acevedo (1996) registra a intervenção de Frederick Douglas, numa palestra em 1858, em Nova York:
“Mesmo um país católico como o Brasil (...) não trata as suas pessoas de cor, livres ou escravos, de modo injusto, bárbaro e escandaloso como nós tratamos (...). A América democrática e protestante faria bem em aprender a lição de justiça e liberdade vinda do Brasil católico e despótico” (apud Azevedo, 1996: 155).

Faz ainda, uma retrospectiva dos movimentos negros, quando em 1930, se organiza pela primeira vez o movimento político negro no Brasil – a Frente Negra Brasileira – onde algumas vozes militantes defendem fortemente a idéia de reparação, da abolição como “um processo inacabado” e da “dívida”, em dois planos: a herdada dos antigos senhores e a marca que ficou em forma de estigma.
Em 1945, surgem novas organizações negras que são incorporadas à segunda Nova República. Incorporadas no sentido de que funcionavam livremente influenciando na vida nacional em termos culturais, ideológicos e político até o final de 1963, quando o golpe militar silencia a imprensa negra. Esta jamais deixou de refletir os protestos e as esperanças dos descendentes de africanos.
A partir da década de 80, os pequenos jornais negros que começaram a aparecer um pouco em toda parte refletiam em geral as linhas ideológicas e emocionais do Movimento Negro Unificado contra a discriminação racial, que pretendia desmontar o ‘Mito da Democracia Racial Brasileira” e montar estratégia antirracista.
Atualmente, a implementação de políticas de ação afirmativa, incluindo as cotas nas universidades, a participação de militantes em diferentes instâncias do poder público, a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10.639/03) e o reconhecimento da propriedade de terras de “quilombos” têm permitido a desconstrução de preconceitos e estereótipos e a construção de novas formas de convivência.
O quilombo é trazido ao debate para fazer frente a um tipo de reivindicação que, à época, alude a uma “dívida” que a nação brasileira teria para com os afro-brasileiros em conseqüência da escravidão, não exclusivamente para falar em propriedade fundiária; constitui questão relevante desde os primeiros focos de resistência dos africanos ao escravismo colonial.
O Conselho Ultramarino Português de 1740 definiu quilombo como “toda habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte desprovida, ainda que não tenham ranchos levantados nem se achem pilões neles”.
A primeira Lei de Terras, escrita e lavrada no Brasil, datada de 1850, exclui os africanos e seus descendentes da categoria de brasileiros, situando-os numa outra categoria separada, denominado “libertos”. Desde então, atingidos por todos os tipos de racismo, arbitrariedades e violência, os negros foram sistematicamente expulsos ou removidos dos lugares que escolheram para viver, mesmo quando a terra chegou a ser comprada ou foi herdada de antigos senhores através de testamento lavrado em Cartório. Decorre daí que, para eles, o simples ato de apropriação do espaço para viver passou a significar um ato de luta, de guerra.
Munanga ( 1995) ao recuperar a relação do quilombo com a África, afirma que “o quilombo brasileiro é, sem dúvida, uma cópia do quilombo africano reconstituído pelos escravizados para se opor a uma estrutura escravocrata, pela implantação de uma outra estrutura política na qual se encontravam todos os oprimidos”.
Maria de Lourdes Siqueira, em artigo intitulado “Quilombos no Brasil e a singularidade de Palmares” ( p.3) afirma que os quilombos representam uma das maiores expressões de luta organizada no Brasil, em resistência ao sistema colonial-escravista, atuando sobre questões estruturais, em diferentes momentos histórico-culturais do país, sob a inspiração, liderança e orientação político-ideológica de africanos escravizados e de seus descendentes de africanos nascidos no Brasil.
Lopes (1987: 27-28) define que “quilombo é um conceito próprio dos africanos bantos que vem sendo modificado através dos séculos” (...) Quer dizer acampamento guerreiro na floresta, sendo entendido ainda em Angola como divisão administrativa”
Por trás de algumas evidências, pistas e provas, surgem novos sujeitos, territórios, ações e políticas de reconhecimento. A expressão “Remanescente das Comunidades de Quilombos”, que emerge nessa discussão, é tributária não somente dos pleitos por títulos fundiários, mas de uma discussão mais ampla travada nos movimentos negros e entre parlamentares envolvidos com a luta antirracista.
Para este autor, a matriz de inspiração adveio de um longo processo de amadurecimento ocorrido na área cultural bantu nos séculos XVI e XVII, de instituições políticas e militares transétnicas, centralizadas, formadas por homens guerreiros cujos rituais iniciáticos tinham a função de unificar diferentes linhagens.
Na tradição popular no Brasil as abordagens socioantropológicas a partir da década de 70 procuram enfatizar os aspectos organizativos e políticos dos quilombos. O quilombo como uma forma de organização, tal como enfocado por Clóvis Moura (1981), irá acontecer em todos os lugares onde ocorreu a escravidão. Este autor utiliza o conceito de resistência, enfatizando-o como uma forma de organização política.
Essas comunidades de ex-escravos organizavam-se de diversas formas e tinham proporções e duração muito diferentes. Havia pequenos quilombos, compostos de oito homens ou pouco mais; eram praticamente grupos armados. No recesso das matas, fugindo do cativeiro, muitas vezes eram recapturados pelos profissionais de caça aos fugitivos.
A partir da Constituição Federal promulgada em 1988, cujo artigo 68 das Disposições Transitórias prevê o reconhecimento da propriedade das terras dos “Remanescentes das Comunidades dos Quilombos”, o debate ganha o cenário político nacional.
Uma questão importante que tem sido colocada no texto constitucional é “a comunidade” o sujeito da oração. Pois, delas derivam “os remanescentes”, denominados posteriormente quilombolas. O artigo constitucional instrui, mesmo que indiretamente, a forma como a questão deve ser tratada no campo jurídico.
Portanto, a presença da cultura negra e o fato de 45% da população brasileira ser composta por negros (de acordo com o censo do IBGE) não tem sido suficiente para eliminar ideologias, desigualdades e estereótipos racistas. Ainda persiste em nosso país um imaginário étnico-racial que privilegia a brancura e valoriza principalmente as raízes européias da sua cultura ignorando ou pouco valorizando as outras, que são as indígenas, a asiática e a africana.

OBJETIVOS:

Objetivo Geral:
•Conscientizar os estudantes do papel que cada um deve desempenhar enquanto sujeito social, resgatando a cultura local e desenvolvendo projetos de pesquisa em “Comunidades Remanescentes de Quilombos”.

Objetivos Conceituais
•Promover a reflexão crítica sobre os fatos históricos, rompendo com imagens negativas forjadas pelos meios de comunicação contra o negro;
•Investigar, juntamente com os estudantes, traços da cultura afro-brasileira nas comunidades marcioniliense;
•Conhecer a legislação vigente, reconhecendo que as leis são criadas quando os direitos não são respeitados.

Objetivos Procedimentais
•Partilhar práticas de leitura como meio de desenvolver a habilidade de ler nas entrelinhas as idéias explícitas e implícitas nos textos;
•Oferecer subsídios teóricos para o entendimento e a diferenciação de gêneros textuais;
•Localizar geograficamente remanescentes quilombolas desenvolvendo habilidades para localizar no mapa a região trabalhada;
Objetivos Atitudinais
•Propiciar a mudança de visão estereotipada do negro objetivando a valorização e a expansão de conhecimentos da cultura Afro-brasileira de forma positiva;
•Possibilitar o desenvolvimento de habilidades específicas de cada educando a fim de que possam desenvolver um trabalho de seu real interesse;
•Caracterizar Comunidades Remanescentes de Quilombos no município de Marcionílio Souza, objetivando o reconhecimento legal por parte do Governo do Estado.

PÚBLICO ALVO:
Tendo como foco o reconhecimento da história e da cultura formadora da população de Marcionílio Souza, o Projeto destina-se aos alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Eurídice San`Ana, com faixa etária variando de 13 a 18 anos, oriundos de escolas públicas da zona urbana e da zona rural, considerados assíduos pela facilidade que têm para frequentar as aulas.

ESTRATÉGIA
Após a apresentação do pré-projeto e da coleta das contribuições dos alunos, serão disponibilizadas fichas de inscrição para que, de acordo com a aptidão e o interesse, o estudante se inscreva nas oficinas. Em seguida, serão relacionados juntamente com os estudantes, o referencial teórico, os contos, as crônicas, as poesias, as entrevistas, as piadas e as letras de músicas que serão analisados em sala de aula.
O material disponibilizado deverá ser utilizado pelos professores envolvidos no projeto que organizarão a sequência didática baseada em pesquisa, leitura, releitura, exibição de filmes, documentários e exibição de slides referentes à temática proposta.
Já divididos em grupos, os estudantes farão a leitura do referencial teórico, destinado a cada oficina.
Na unidade escolar serão trabalhados os gêneros textuais, embasados nos módulos do gestar II, especificamente, contos, crônica, poesias, letra de música, entrevistas e piadas fazendo a análise comparativa desses textos, interagindo com os conceitos de gênero e tipologia textuais, dando ênfase ao processo de leitura explícita e implícita através de roteiro de análise, instrumentalizando assim, os estudantes a perceberem os estereótipos camuflados em conceitos considerados inocentes.
Para a sistematização da pesquisa de campo, os estudantes deverão está munidos de diário, filmadora, máquina fotográfica e gravador. Após a identificação de Comunidades com indícios de Remanescentes de Quilombos, os estudantes documentarão fastos históricos ouvindo os moradores. Em seguida, a pesquisa será direcionada à cultura local (culinária, danças, rituais religiosos etc.) coleta de dados, coleta de documentos antigos, entrevistas gravadas e escritas, retextualização, e fotografias.
Coletarão os dados e sistematizarão o trabalho final que será apresentado ao público no dia 18 de dezembro de 2009 na Unidade Escolar.


Oficinas a serem escolhida pelas equipes:
•trabalho com multimídia (Documentário);
•exposição fotográfica;
•dramatização dos contos ou das crônicas;
•grupo de dança Afro;
•grupos de poesias;
•culinária;
•outras propostas dos alunos.

Trabalhos a serem desenvolvidos durante a IV Unidade
•painéis expositivos na área da escola;
•projeção de vídeos;
•gênero e tipologia textual;
•exposição de textos;
•dramatização de contos, crônicas, letras de música, danças, e poesias;
•exposição de fotos, ilustrações e charges/ vídeo ;
•exposição do mapa do município localizando o povoado de Umburanas;
•contexto histórico da Comunidade Remanescente de Quilombo;
•histórias e estórias dos remanescentes quilombolas;
•festival de Cultura.

Observação: Pretendemos convidar os pais dos alunos e toda comunidade local para o “Festival de Cultura” onde serão apresentados os resultadas do projeto.

Importante: como o ritmo de leitura é bastante intenso, recomenda-se aos alunos a leitura do material disponibilizado ANTES do início das aulas.

ATIVIDADES:
•apresentação oral;
•apresentação escrita;
•participação nos debates;
•apresentação da produção final na culminância do projeto.

RECURSOS HUMANOS:
•Direção
•Professores
•Estudantes
•Orientadora/observadora
•Pais/mães
•Voluntários


RECURSOS MATERIAIS:
•Data show;
•Som;
•Televisão
•Mural;
•Filmadora
•Gravador
•Materiais pesquisados em diferentes fontes;
•Recursos comuns à sala de aula.
•Transporte
•Iluminação
•Palco

PARCEIROS:
Prefeitura Municipal de Marcionílio Souza;
Diretoria Regional de Educação DIREC 18

LOCAL:
As atividades deverão ser desenvolvidas em sala de aula, em campo e a produção final, apresentada para a comunidade local e escolar na área aberta da escola.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

DATA:
01/10/09 - Apresentação do pré-projeto aos professores de L.P.L.B, História, C.P.B e Sociologia da Unidade escolar.
05/10/09 - Apresentação do projeto e coleta de sugestões dos estudantes .
06/09/09 - Apresentação do pré-projeto à formadora do Gestar II Rita de Cássia.
08/10/09 - Reunião com o corpo docente da Unidade escolar para apresentação do pré-projeto, divisão de tarefas e seleção de materiais.
08/10/09 a 16/12/09- Desenvolvimento do projeto na Unidade Escolar e na Comunidade (pesquisa de campo).
17/12/09- Organização da Unidade Escolar.
18/12/09- Culminância do Projeto.

AVALIAÇÃO:
•Levaremos em conta o conjunto da participação do aluno, que engloba: presença, leitura dos textos, participação no debate e elaboração e apresentação do trabalho final.
•Avaliação do desempenho dos alunos.
•Avaliação do projeto pelos alunos juntamente com os professores.

CULMINÂNCIA:
•Evento aberto ao público com apresentação de grupos pertencentes à comunidade local e dos trabalhos desenvolvidos durante a unidade: Exposição Fotográfica, Grupo de Danças Africanas, Poesia, Documentário e Culinária Africana.

GRUPO DE TRABALHO:
Todos os professores da Unidade Escolar
Voluntários.

REFERÊNCIAS:

ACEVEDO MARIN, Rosa, e Edna CASTRO, 1993, Negros do Trombetas, Guardiães de Matas e Rios, Belém,UFPA/NAEA.

Diretrizes Curriculares nacionais Para a educação das relações Étnico-racial e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

FREITAS, Décio. Palmares: a guerra dos escravos. Rio de Janeirio Ed. 4ª. 1982.

GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo, 1995, “Racismo e Anti-racismo no Brasil”, Novos Estudos CEBRAP.

LOPES, Helena Theodoro, José Jorge SIQUEIRA, e Beatriz NASCIMENTO, 1987, Negro e Cultura Negra no Brasil, Rio de Janeiro, UNIBRADE/UNESCO.

MOURA, Clóvis, 1981, Rebeliões na Senzala, Quilombos, Insurreições, Guerrilhas, São Paulo, Ed. Ciências Humanas.

MUNANGA, Kabengele, 1995, “Identidade, Cidadania e Democracia: Algumas Reflexões sobre os Discursos Anti-racistas no Brasil”, QUINTAS, Fátima (org.), O Negro: Identidade e Cidadania, Anais do IV Congresso Afro-Brasileiro, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, Editora Massangana.
————, 1995/6, “Origem e Histórico do Quilombo na África”, Revista da USP, 28.

ORTIZ, Renato, 1988, Ideologia da Cultura Brasileira, São Paulo, Brasiliense
PINSKY, Jaime. Escravidão no Brasil. Ed 13 –São Paulo: Contexto, 1994

SODRÉ, MUNIZ, Claros e Escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1999;
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

AUTOBIOGRAFIA

Quem sou? Onde e quando nasci.

Chamo-me Rita de Cássia Rodrigues Souza, nasci numa cidade pequena do interior da Bahia, Santa Inês, num dia de Domingo de Páscoa, 02 de abril de 1961. Sou filha de Laudelino Ferreira de Souza e de Alzira Rodrigues de Souza, sou a primogênita da família de três irmãs. Sou casada, com Ronaldi Vieira e mãe de dois filhos: Débora Souza Vieira e Ronaldi Vieira Junior. Professora, licenciada em Letras Vernáculas pela Faculdade do Estado da Bahia-UNEB, Pós-graduada em Língua Portuguesa pela Faculdade do Noroeste de Minas Gerais-FINOM e certificada em Língua Portuguesa pelo GESTAR II. Atualmente, sou professora formadora de Língua Portuguesa do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar, GESTAR II - Bahia.
A alfabetização
Minha introdução às letras foi feita através de um livrinho chamado “Carta do ABC”, tinha na época seis anos e comecei a estudar com minha avó paterna, que se chamava Adélia da Conceição e carinhosamente todos os dias ensinavam-me a reconhecer as primeiras letras do alfabeto. Quando fui matriculada numa escola já conhecia as letras do alfabeto e já lia algumas palavras.
Cursei o Ensino Fundamental da 1ª a 4ª série, no Colégio Estadual Góes Calmon, e desde cedo, aprendi a gostar da literatura, hábito este, que aprendi com meu pai que lia muitas histórias para mim e minhas irmãs. Cursei o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série no Colégio Cenecista Santa Inês do ano de 1975 a 1978. Fui matriculada no 1º ano do Ensino Médio, no ano de 1979, no mesmo Colégio Cenecista Santa Inês. Formei-me em Magistério no dia 21 de dezembro de 1981.
Participei de Grupo de Jovens da Igreja Católica de Santa Inês. Fui catequista, participei também dos conselhos existentes na cidade. Meu primeiro emprego após a formatura foi como secretária de um advogado, carreira muito curta, pois, neste mesmo ano de 1982, deixei este trabalho e fui lecionar como professora substituta no Colégio Cenecista Santa Inês.
Em 05 de setembro de 1982 fui lecionar também num povoado chamado Ilha Formosa, pertencente ao município de Ubaíra – Bahia, cidade do Vale de Jequiriçá. Em 1983, matriculei-me no Curso de Estudo Teológico Pastoral – CETEP, ministrado pelo Instituto de Teologia Pastoral da diocese de Ilhéus – Bahia e concluindo, em 31 de outubro de 1988.
Em março de 1987- ajudei a fundar o curso de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental no Colégio Municipal Manoel José de Souza – povoado de Ilha formosa – município de Cravolândia – Ba, neste colégio fui diretora e professora de Língua Portuguesa durante 12 anos.
Em abril de 1990, participei do Concurso Público do Estado, em Vitória Conquista – Ba, fiz 63 pontos e fui aprovada, e em 13 de março de 1991 tornei-me professora efetiva do Estado da Bahia.
Em março de 1999, após ter sido demitida do cargo de diretora do Colégio Manoel |José de Souza do município de Cravolândia, fui convidada a ajudar a fundar o curso do Ensino fundamental – 5ª a 8ª série, na Escola Eufrásio Francisco Sampaio- Município de Ubaíra – Bahia.
Em fevereiro de 2001, eu sou demitida do cargo de diretora, por questões de mudanças políticas e por ser um cargo de confiança, sou transferida para lecionar em um outro povoado chamado Jenipapo, pertencente ao município de Ubaíra. Entretanto, no dia 1º de maio de 2001 saiu a minha remoção para a cidade de Itaberaba, para lecionar no colégio Estadual João XXIII.
Em janeiro de 2002, fui aprovada no curso de pedagogia pela Universidade Estadual da Bahia _ UNEB, Campus XIII, cursei somente até o terceiro semestre, porque em janeiro de 2003, fui aprovada no Curso de Letras Vernáculas da UNEB, no mesmo Campus XIII.
Em julho de 2008, por motivos superiores, fui fazer o Estágio Supervisionado III no Campus XIV da UNEB, em Conceição do Coité e em 30 de dezembro de 2008, colei grau no mesmo Campus XIV.
Em 15 de dezembro de 2008, fui certificada pela participação no Programa de Formação Continuada Gestão da aprendizagem Escolar – GESTAR II. E, em janeiro de 2009, concluí uma Pós-graduação em Língua Portuguesa, pela FINOM, Faculdade do Noroeste de Minas.
Em março de 2009, participei da seleção para professor formador do Programa de Formação Continuada Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II fui aprovada e atualmente exerço esta função pela Secretaria Estadual de Educação do Estado da Bahia sob a coordenação do IAT.
Sou amante e apaixonada pela Leitura, acredito que aquele que lê, vê mais além, tem a possibilidade de viajar por caminhos,lugares imagináveis.Impossível esquecer as maravilhosas obras que já li! Já li e reli por inúmeras vezes Memórias Póstumas de Machado de Assis, como esquecer as belas lembranças daquela noite da Missa do Galo? E os contos de Florbela Espanca, os contos de Edgar Alan Poe, e os de Tchekov escritores americanos? Como não citar os grandes escritores como Aloíso Azevedo, Jorge amado, José de Alencar, Carolina Maria de Jesus, Paulo Coelho, Fernando Sabino, Adelaide Carraro, Karl Marx, Max webwer, Leonardo Boff, Khaled Hosseini, Igor Rossoni e muitos outros mais? Leio por prazer, para adquirir novos conhecimentos.Acredito no poder da palavra e da leitura, pois aquele que lê adquire sempre mais conhecimentos, torna-se politizado e consciente de seus direitos e deveres.
Basta Pensar em Sentir

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.

Viver é não conseguir.
(Fernando Pessoa)