segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

fotos da oficina de avaliação do programa/2009













RELATÓRIO DA OFICINA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

GESTAR II 2009 - PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

RELATÓRIO DA OFICINA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA



Formadora: Rita de Cássia Rodrigues Souza
Formadora – UNB: Rosa Maria Olimpio
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II
DIREC 18
Itaberaba – BA

GESTAR II - Língua Portuguesa

Data- 14/12/2009
Horário: 08: 00
Carga Horária: 240 MINUTOS

Roteiro da oficina

1.Apresentação do Roteiro e Objetivo
2.Sensibilização
3.Atividade do Espelho
4.Avaliando a minha prática
5.Avaliação do Programa
6.Dinâmica das bolas
7.Encerramento e confraternização


OBJETIVO: Refletir sobre a práxis do professor cursista, a partir das contribuições do Programa GESTAR.

ACOLHIMENTO:

Os cursistas foram recepcionados com boas-vindas e abraços ao som da música de Simone “Então é Natal” com o objetivo de refletirem sobre suas ações durante o ano de 2009. Apresentei-lhes o objetivo e o roteiro da oficina.

DESENVOLVIMENTO:

Após a apresentação do roteiro e do objetivo da oficina convidei os cursistas a ficarem em círculo para participarem da dinâmica da viagem que tem o objetivo de trazer a tona, os critérios de avaliação de cada um, os valores, a discriminação, os pressupostos, os rótulos, a subjetividade com que realizam cada escolha, suas pré-concepções, etc. Já estavam espalhadas em três cadeiras fotos de pessoas. Expliquei-lhes como funcionaria a Dinâmica e que cada um havia ganhado uma viagem para três pessoas, mas que os acompanhantes no último momento tiveram um imprevisto e deverão ser substituídos. Portanto, cada um deveria escolher três pessoas com quem deveria ter o prazer de viajar e explicar o porquê de cada escolha. Foi maravilhosa esta dinâmica e interessante ouvir as explicações de cada um.
Em seguida, apresentei-lhes uma caixa com um espelho dentro de forma oculta com o seguinte questionamento: VOCÊ GOSTARIA DE SER MEU ALUNO? Todos estavam curiosos para saber o que havia dentro da caixa e eu fazendo suspense. Expliquei-lhes que não podiam falar o que havia dentro da caixa, apenas olhar e refletir sobre a pergunta sem externar suas opiniões. Foi um momento muito importante, e interessante as expressões de cada um ao verem sua própria imagem refletida dentro da caixa. Após esta dinâmica distribuí o questionário do anexo 4 para que os cursistas respondessem individualmente, depois entreguei a ficha de respostas do anexo 5 e fizemos uma breve reflexão sobre as respostas que marcaram e as possíveis respostas. Em seguida, entreguei-lhes também a Auto-avaliação; refletimos e discutimos sobre a caminhada do professor cursista dentro do Programa GESTAR.
O momento da Dinâmica das bolas foi maravilhoso. Após todos encherem as bolas, foi feito a leitura dos comandos sugeridos, estouramos as bolas e houve o abraço de confraternização. As palavras de agradecimentos e votos de um Natal e um Ano Novo de muitas realizações foram em meu nome e em nome da equipe do GESTAR a todos os professores que bravamente conseguiram vencer as dificuldades do dia-a-dia, com o desejo de que todo este trabalho seja de fato colocado no planejamento e na prática escolar, pois desejamos aumentar o índice de aprendizagem de nosso alunos. Finalizando nosso encontro entreguei-lhes um DVD com as fotos de todas as oficinas realizadas durante o ano de 2009, alguns vídeos e slides também usados e discutidos nas oficinas. Socializamos a merenda que trouxemos: bolo, panetone, queijadinha, guaraná e despedimo-nos com a certeza de que o Ano de 2010 será muito promissor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PROJETO REMANESCENTES QUILOMBOLA -CURSISTA IARA

DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – DIREC 18
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS
PROGRAMA GESTAR
COLÉGIO ESTADUAL EURÍDICE SAN´ANA.


MARIA IARA DA ROCHA BACELLAR

REMANESCENTES QUILOMBOLAS:
“Raízes e Trajetórias”

Projeto orientado pela formadora professora Rita de Cássia Rodrigues Souza, formadora do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar, GESTAR II como requisito para a formação do cursista.

MARCIONÍLIO SOUZA– BAHIA
Dezembro - 2009.


REMANESCENTES QUILOMBOLAS:
“Raízes e Trajetórias”

PROBLEMÁTICA
A constatação da existência de comunidades com fortes traços físicos, culturais e geográficos de Remanescentes de Quilombos no município de Marcionílio Souza e a inexistência de projetos de pesquisa ou documentários que validem esses traços.

TEMÁTICA
Com este projeto “Remanescentes Quilombolas: raízes e trajetórias” pretende-se conhecer a história e a cultura formadora da população de Marcionílio Souza através de pesquisa de campo, identificando traços que caracterizem a existência de “Comunidades Remanescentes de Quilombos”, oportunizando assim, o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos acerca da temática abordada.

JUSTIFICATIVA
Analisando a necessidade de interação com o meio social e a aquisição de informação inerente ao reconhecimento das raízes históricas que formam a riqueza cultural do povo de Marcionílio Souza surgiu a necessidade de desenvolver o projeto interdisciplinar com o propósito de reconhecer e localizar geograficamente, a presença de “Comunidades Remanescentes de Quilombos” .
Em tempos que se busca corrigir anos de injustiças sociais, ideologicamente demarcadas pela estereotipia dominante, caracterizada pelo racismo, discriminação e violação de direitos humanos, fica evidente que ainda é longa a jornada para que se faça entender que os negros, na sua maioria, continuam às margens da sociedade, camuflados pelo “Mito da Democracia Racial” tão difundido por escritores renomados como Gilberto Freire e Jorge Amado e ratificado por autoridades políticas nos dias atuais.
Em nome de uma “raça’ superior, já se cometeram milhares de atrocidades durante a história da humanidade. O Apartheid na África do Sul e o trabalho escravo no Brasil e em diversos países do mundo são provenientes de uma filosofia de superioridade racial. “Não se vende mais o corpo do negro ou do trabalhador como antigamente, mas se negocia com a sua identidade, imputando-lhe uma carga de inferioridade e discriminação que fere tanto quanto a venda de seu corpo”. Essas questões continuam incorporadas às práticas, às políticas e a composições institucionais que levam um grupo de uma raça ou cor a estar em desvantagem e outra a gozar de privilégios.
Como disse Paulo Freire:
“Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina”.

Os governantes ainda não apresentaram propostas capazes de diminuir a distância econômica entre ricos e pobres. Com isso, o reflexo é sentido na educação e a desigualdade se instala na hora da largada onde os mais ricos estudam em colégios particulares e caros, fazem cursinhos pré - vestibulares e em decorrência disso passam nos vestibulares das universidades públicas e estudam de graça, isto é: a custa dos impostos pagos por todos os brasileiros ricos e pobres.
Em contra ponto, os mais pobres, na sua maioria negra, estudam em escolas públicas tratadas como investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, mal cuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos. Nessas condições, não se pode falar em igualdade social ou racial.
De acordo com Luis Eduardo Soares (pg 187) do livro Cabeça de Porco, “as sentenças cospem no sistema penitenciário e nas entidades socioeducativas os personagens de sempre, “os restos” da sociedade, sobras indigestas. Os presídios estão repletos de pobres, jovens e negros do sexo masculino”. As escolas públicas não têm cumprido a função a que se destinam. Tem se preocupado apenas em formar (enquadrar dentro de uma forma) os estudantes, na sua maioria, negros e pobres para que estes obedeçam, respeitem e ainda amem qualquer tipo de autoridade. Só assim, na hora certa, estarão preparados para obedecer aos sistemas políticos, econômicos e sociais quando deles forem cobrados.
Portanto, a função do professor enquanto educador é estimular o estudante para que se torne cidadão conhecedor e atuante no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica; consciente do seu papel social, capaz de interferir positivamente na construção de uma sociedade mais justa e igualitária e é isso que está sendo delineado na concepção desse projeto

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O projeto apresenta uma proposta de trabalho de pesquisa partindo de marcos referenciais relevantes da cultura afro–brasileira, proporcionando discussões acerca do contexto histórico, legislação e política de afirmação no negro no Brasil, com o intuito de dar maior visibilidade às questões sociais, diretamente ligadas às questões raciais.
Guimarães (1995) afirma que “A idéia de que o Brasil era uma sociedade sem “linha de cor”, ou seja, uma sociedade sem barreiras legais que impedissem a ascensão social de pessoas de cor a cargos oficiais ou a posições de riqueza ou prestígio era já uma idéia bastante difundida no mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, bem antes do nascimento da sociologia”.
Afirma ainda que ao analisar indivíduos negros e brancos em várias dimensões, torna-se perceptível que estes, sempre estiveram em posição desigual em relação a oportunidades e direitos.
Por muito tempo acreditou-se que o Brasil se caracterizava por não houver obstáculos para a ascensão social do negro e do mulato. Tal idéia deu lugar à construção mítica de uma sociedade sem preconceitos e discriminação racial.
Cabe esclarecer que o termo raça é utilizado frequentemente nas relações sociais brasileiras, para informar como determinadas características físicas como a cor da pele, tipo de cabelo, entre outras, influenciam, interferem e até mesmo determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira. ( DCN pg 13)
Ortiz (1988: p.36-44) ao analisar a ideologia nacional brasileira e ao estudar as comunidades que se fizeram presentes nas décadas do “embranquecimento”, conclui que a definição de uma identidade nacional “mestiça” surtiu um efeito homogeneizador, dificultando o discernimento entre as fronteiras e os efeitos “da cor”, a organização política dos “de cor” chamados negros, tendo como principal conseqüência a permanência destes nos índices de marginalidade social.
A teoria da mestiçagem movimentou-se em várias direções invisibilizando o grupo social advindo da vertente africana, para esculpir um país embranquecido pela violência simbólica, criando vários subgrupos hierárquicos segundo as gradações da “cor”, embaralhando alguns critérios de diferenciação social, permitindo a mobilidade de apenas alguns.
Acevedo (1996) registra a intervenção de Frederick Douglas, numa palestra em 1858, em Nova York:
“Mesmo um país católico como o Brasil (...) não trata as suas pessoas de cor, livres ou escravos, de modo injusto, bárbaro e escandaloso como nós tratamos (...). A América democrática e protestante faria bem em aprender a lição de justiça e liberdade vinda do Brasil católico e despótico” (apud Azevedo, 1996: 155).

Faz ainda, uma retrospectiva dos movimentos negros, quando em 1930, se organiza pela primeira vez o movimento político negro no Brasil – a Frente Negra Brasileira – onde algumas vozes militantes defendem fortemente a idéia de reparação, da abolição como “um processo inacabado” e da “dívida”, em dois planos: a herdada dos antigos senhores e a marca que ficou em forma de estigma.
Em 1945, surgem novas organizações negras que são incorporadas à segunda Nova República. Incorporadas no sentido de que funcionavam livremente influenciando na vida nacional em termos culturais, ideológicos e político até o final de 1963, quando o golpe militar silencia a imprensa negra. Esta jamais deixou de refletir os protestos e as esperanças dos descendentes de africanos.
A partir da década de 80, os pequenos jornais negros que começaram a aparecer um pouco em toda parte refletiam em geral as linhas ideológicas e emocionais do Movimento Negro Unificado contra a discriminação racial, que pretendia desmontar o ‘Mito da Democracia Racial Brasileira” e montar estratégia antirracista.
Atualmente, a implementação de políticas de ação afirmativa, incluindo as cotas nas universidades, a participação de militantes em diferentes instâncias do poder público, a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10.639/03) e o reconhecimento da propriedade de terras de “quilombos” têm permitido a desconstrução de preconceitos e estereótipos e a construção de novas formas de convivência.
O quilombo é trazido ao debate para fazer frente a um tipo de reivindicação que, à época, alude a uma “dívida” que a nação brasileira teria para com os afro-brasileiros em conseqüência da escravidão, não exclusivamente para falar em propriedade fundiária; constitui questão relevante desde os primeiros focos de resistência dos africanos ao escravismo colonial.
O Conselho Ultramarino Português de 1740 definiu quilombo como “toda habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte desprovida, ainda que não tenham ranchos levantados nem se achem pilões neles”.
A primeira Lei de Terras, escrita e lavrada no Brasil, datada de 1850, exclui os africanos e seus descendentes da categoria de brasileiros, situando-os numa outra categoria separada, denominado “libertos”. Desde então, atingidos por todos os tipos de racismo, arbitrariedades e violência, os negros foram sistematicamente expulsos ou removidos dos lugares que escolheram para viver, mesmo quando a terra chegou a ser comprada ou foi herdada de antigos senhores através de testamento lavrado em Cartório. Decorre daí que, para eles, o simples ato de apropriação do espaço para viver passou a significar um ato de luta, de guerra.
Munanga ( 1995) ao recuperar a relação do quilombo com a África, afirma que “o quilombo brasileiro é, sem dúvida, uma cópia do quilombo africano reconstituído pelos escravizados para se opor a uma estrutura escravocrata, pela implantação de uma outra estrutura política na qual se encontravam todos os oprimidos”.
Maria de Lourdes Siqueira, em artigo intitulado “Quilombos no Brasil e a singularidade de Palmares” ( p.3) afirma que os quilombos representam uma das maiores expressões de luta organizada no Brasil, em resistência ao sistema colonial-escravista, atuando sobre questões estruturais, em diferentes momentos histórico-culturais do país, sob a inspiração, liderança e orientação político-ideológica de africanos escravizados e de seus descendentes de africanos nascidos no Brasil.
Lopes (1987: 27-28) define que “quilombo é um conceito próprio dos africanos bantos que vem sendo modificado através dos séculos” (...) Quer dizer acampamento guerreiro na floresta, sendo entendido ainda em Angola como divisão administrativa”
Por trás de algumas evidências, pistas e provas, surgem novos sujeitos, territórios, ações e políticas de reconhecimento. A expressão “Remanescente das Comunidades de Quilombos”, que emerge nessa discussão, é tributária não somente dos pleitos por títulos fundiários, mas de uma discussão mais ampla travada nos movimentos negros e entre parlamentares envolvidos com a luta antirracista.
Para este autor, a matriz de inspiração adveio de um longo processo de amadurecimento ocorrido na área cultural bantu nos séculos XVI e XVII, de instituições políticas e militares transétnicas, centralizadas, formadas por homens guerreiros cujos rituais iniciáticos tinham a função de unificar diferentes linhagens.
Na tradição popular no Brasil as abordagens socioantropológicas a partir da década de 70 procuram enfatizar os aspectos organizativos e políticos dos quilombos. O quilombo como uma forma de organização, tal como enfocado por Clóvis Moura (1981), irá acontecer em todos os lugares onde ocorreu a escravidão. Este autor utiliza o conceito de resistência, enfatizando-o como uma forma de organização política.
Essas comunidades de ex-escravos organizavam-se de diversas formas e tinham proporções e duração muito diferentes. Havia pequenos quilombos, compostos de oito homens ou pouco mais; eram praticamente grupos armados. No recesso das matas, fugindo do cativeiro, muitas vezes eram recapturados pelos profissionais de caça aos fugitivos.
A partir da Constituição Federal promulgada em 1988, cujo artigo 68 das Disposições Transitórias prevê o reconhecimento da propriedade das terras dos “Remanescentes das Comunidades dos Quilombos”, o debate ganha o cenário político nacional.
Uma questão importante que tem sido colocada no texto constitucional é “a comunidade” o sujeito da oração. Pois, delas derivam “os remanescentes”, denominados posteriormente quilombolas. O artigo constitucional instrui, mesmo que indiretamente, a forma como a questão deve ser tratada no campo jurídico.
Portanto, a presença da cultura negra e o fato de 45% da população brasileira ser composta por negros (de acordo com o censo do IBGE) não tem sido suficiente para eliminar ideologias, desigualdades e estereótipos racistas. Ainda persiste em nosso país um imaginário étnico-racial que privilegia a brancura e valoriza principalmente as raízes européias da sua cultura ignorando ou pouco valorizando as outras, que são as indígenas, a asiática e a africana.

OBJETIVOS:

Objetivo Geral:
•Conscientizar os estudantes do papel que cada um deve desempenhar enquanto sujeito social, resgatando a cultura local e desenvolvendo projetos de pesquisa em “Comunidades Remanescentes de Quilombos”.

Objetivos Conceituais
•Promover a reflexão crítica sobre os fatos históricos, rompendo com imagens negativas forjadas pelos meios de comunicação contra o negro;
•Investigar, juntamente com os estudantes, traços da cultura afro-brasileira nas comunidades marcioniliense;
•Conhecer a legislação vigente, reconhecendo que as leis são criadas quando os direitos não são respeitados.

Objetivos Procedimentais
•Partilhar práticas de leitura como meio de desenvolver a habilidade de ler nas entrelinhas as idéias explícitas e implícitas nos textos;
•Oferecer subsídios teóricos para o entendimento e a diferenciação de gêneros textuais;
•Localizar geograficamente remanescentes quilombolas desenvolvendo habilidades para localizar no mapa a região trabalhada;
Objetivos Atitudinais
•Propiciar a mudança de visão estereotipada do negro objetivando a valorização e a expansão de conhecimentos da cultura Afro-brasileira de forma positiva;
•Possibilitar o desenvolvimento de habilidades específicas de cada educando a fim de que possam desenvolver um trabalho de seu real interesse;
•Caracterizar Comunidades Remanescentes de Quilombos no município de Marcionílio Souza, objetivando o reconhecimento legal por parte do Governo do Estado.

PÚBLICO ALVO:
Tendo como foco o reconhecimento da história e da cultura formadora da população de Marcionílio Souza, o Projeto destina-se aos alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Eurídice San`Ana, com faixa etária variando de 13 a 18 anos, oriundos de escolas públicas da zona urbana e da zona rural, considerados assíduos pela facilidade que têm para frequentar as aulas.

ESTRATÉGIA
Após a apresentação do pré-projeto e da coleta das contribuições dos alunos, serão disponibilizadas fichas de inscrição para que, de acordo com a aptidão e o interesse, o estudante se inscreva nas oficinas. Em seguida, serão relacionados juntamente com os estudantes, o referencial teórico, os contos, as crônicas, as poesias, as entrevistas, as piadas e as letras de músicas que serão analisados em sala de aula.
O material disponibilizado deverá ser utilizado pelos professores envolvidos no projeto que organizarão a sequência didática baseada em pesquisa, leitura, releitura, exibição de filmes, documentários e exibição de slides referentes à temática proposta.
Já divididos em grupos, os estudantes farão a leitura do referencial teórico, destinado a cada oficina.
Na unidade escolar serão trabalhados os gêneros textuais, embasados nos módulos do gestar II, especificamente, contos, crônica, poesias, letra de música, entrevistas e piadas fazendo a análise comparativa desses textos, interagindo com os conceitos de gênero e tipologia textuais, dando ênfase ao processo de leitura explícita e implícita através de roteiro de análise, instrumentalizando assim, os estudantes a perceberem os estereótipos camuflados em conceitos considerados inocentes.
Para a sistematização da pesquisa de campo, os estudantes deverão está munidos de diário, filmadora, máquina fotográfica e gravador. Após a identificação de Comunidades com indícios de Remanescentes de Quilombos, os estudantes documentarão fastos históricos ouvindo os moradores. Em seguida, a pesquisa será direcionada à cultura local (culinária, danças, rituais religiosos etc.) coleta de dados, coleta de documentos antigos, entrevistas gravadas e escritas, retextualização, e fotografias.
Coletarão os dados e sistematizarão o trabalho final que será apresentado ao público no dia 18 de dezembro de 2009 na Unidade Escolar.


Oficinas a serem escolhida pelas equipes:
•trabalho com multimídia (Documentário);
•exposição fotográfica;
•dramatização dos contos ou das crônicas;
•grupo de dança Afro;
•grupos de poesias;
•culinária;
•outras propostas dos alunos.

Trabalhos a serem desenvolvidos durante a IV Unidade
•painéis expositivos na área da escola;
•projeção de vídeos;
•gênero e tipologia textual;
•exposição de textos;
•dramatização de contos, crônicas, letras de música, danças, e poesias;
•exposição de fotos, ilustrações e charges/ vídeo ;
•exposição do mapa do município localizando o povoado de Umburanas;
•contexto histórico da Comunidade Remanescente de Quilombo;
•histórias e estórias dos remanescentes quilombolas;
•festival de Cultura.

Observação: Pretendemos convidar os pais dos alunos e toda comunidade local para o “Festival de Cultura” onde serão apresentados os resultadas do projeto.

Importante: como o ritmo de leitura é bastante intenso, recomenda-se aos alunos a leitura do material disponibilizado ANTES do início das aulas.

ATIVIDADES:
•apresentação oral;
•apresentação escrita;
•participação nos debates;
•apresentação da produção final na culminância do projeto.

RECURSOS HUMANOS:
•Direção
•Professores
•Estudantes
•Orientadora/observadora
•Pais/mães
•Voluntários


RECURSOS MATERIAIS:
•Data show;
•Som;
•Televisão
•Mural;
•Filmadora
•Gravador
•Materiais pesquisados em diferentes fontes;
•Recursos comuns à sala de aula.
•Transporte
•Iluminação
•Palco

PARCEIROS:
Prefeitura Municipal de Marcionílio Souza;
Diretoria Regional de Educação DIREC 18

LOCAL:
As atividades deverão ser desenvolvidas em sala de aula, em campo e a produção final, apresentada para a comunidade local e escolar na área aberta da escola.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

DATA:
01/10/09 - Apresentação do pré-projeto aos professores de L.P.L.B, História, C.P.B e Sociologia da Unidade escolar.
05/10/09 - Apresentação do projeto e coleta de sugestões dos estudantes .
06/09/09 - Apresentação do pré-projeto à formadora do Gestar II Rita de Cássia.
08/10/09 - Reunião com o corpo docente da Unidade escolar para apresentação do pré-projeto, divisão de tarefas e seleção de materiais.
08/10/09 a 16/12/09- Desenvolvimento do projeto na Unidade Escolar e na Comunidade (pesquisa de campo).
17/12/09- Organização da Unidade Escolar.
18/12/09- Culminância do Projeto.

AVALIAÇÃO:
•Levaremos em conta o conjunto da participação do aluno, que engloba: presença, leitura dos textos, participação no debate e elaboração e apresentação do trabalho final.
•Avaliação do desempenho dos alunos.
•Avaliação do projeto pelos alunos juntamente com os professores.

CULMINÂNCIA:
•Evento aberto ao público com apresentação de grupos pertencentes à comunidade local e dos trabalhos desenvolvidos durante a unidade: Exposição Fotográfica, Grupo de Danças Africanas, Poesia, Documentário e Culinária Africana.

GRUPO DE TRABALHO:
Todos os professores da Unidade Escolar
Voluntários.

REFERÊNCIAS:

ACEVEDO MARIN, Rosa, e Edna CASTRO, 1993, Negros do Trombetas, Guardiães de Matas e Rios, Belém,UFPA/NAEA.

Diretrizes Curriculares nacionais Para a educação das relações Étnico-racial e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

FREITAS, Décio. Palmares: a guerra dos escravos. Rio de Janeirio Ed. 4ª. 1982.

GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo, 1995, “Racismo e Anti-racismo no Brasil”, Novos Estudos CEBRAP.

LOPES, Helena Theodoro, José Jorge SIQUEIRA, e Beatriz NASCIMENTO, 1987, Negro e Cultura Negra no Brasil, Rio de Janeiro, UNIBRADE/UNESCO.

MOURA, Clóvis, 1981, Rebeliões na Senzala, Quilombos, Insurreições, Guerrilhas, São Paulo, Ed. Ciências Humanas.

MUNANGA, Kabengele, 1995, “Identidade, Cidadania e Democracia: Algumas Reflexões sobre os Discursos Anti-racistas no Brasil”, QUINTAS, Fátima (org.), O Negro: Identidade e Cidadania, Anais do IV Congresso Afro-Brasileiro, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, Editora Massangana.
————, 1995/6, “Origem e Histórico do Quilombo na África”, Revista da USP, 28.

ORTIZ, Renato, 1988, Ideologia da Cultura Brasileira, São Paulo, Brasiliense
PINSKY, Jaime. Escravidão no Brasil. Ed 13 –São Paulo: Contexto, 1994

SODRÉ, MUNIZ, Claros e Escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1999;
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

AUTOBIOGRAFIA

Quem sou? Onde e quando nasci.

Chamo-me Rita de Cássia Rodrigues Souza, nasci numa cidade pequena do interior da Bahia, Santa Inês, num dia de Domingo de Páscoa, 02 de abril de 1961. Sou filha de Laudelino Ferreira de Souza e de Alzira Rodrigues de Souza, sou a primogênita da família de três irmãs. Sou casada, com Ronaldi Vieira e mãe de dois filhos: Débora Souza Vieira e Ronaldi Vieira Junior. Professora, licenciada em Letras Vernáculas pela Faculdade do Estado da Bahia-UNEB, Pós-graduada em Língua Portuguesa pela Faculdade do Noroeste de Minas Gerais-FINOM e certificada em Língua Portuguesa pelo GESTAR II. Atualmente, sou professora formadora de Língua Portuguesa do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar, GESTAR II - Bahia.
A alfabetização
Minha introdução às letras foi feita através de um livrinho chamado “Carta do ABC”, tinha na época seis anos e comecei a estudar com minha avó paterna, que se chamava Adélia da Conceição e carinhosamente todos os dias ensinavam-me a reconhecer as primeiras letras do alfabeto. Quando fui matriculada numa escola já conhecia as letras do alfabeto e já lia algumas palavras.
Cursei o Ensino Fundamental da 1ª a 4ª série, no Colégio Estadual Góes Calmon, e desde cedo, aprendi a gostar da literatura, hábito este, que aprendi com meu pai que lia muitas histórias para mim e minhas irmãs. Cursei o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série no Colégio Cenecista Santa Inês do ano de 1975 a 1978. Fui matriculada no 1º ano do Ensino Médio, no ano de 1979, no mesmo Colégio Cenecista Santa Inês. Formei-me em Magistério no dia 21 de dezembro de 1981.
Participei de Grupo de Jovens da Igreja Católica de Santa Inês. Fui catequista, participei também dos conselhos existentes na cidade. Meu primeiro emprego após a formatura foi como secretária de um advogado, carreira muito curta, pois, neste mesmo ano de 1982, deixei este trabalho e fui lecionar como professora substituta no Colégio Cenecista Santa Inês.
Em 05 de setembro de 1982 fui lecionar também num povoado chamado Ilha Formosa, pertencente ao município de Ubaíra – Bahia, cidade do Vale de Jequiriçá. Em 1983, matriculei-me no Curso de Estudo Teológico Pastoral – CETEP, ministrado pelo Instituto de Teologia Pastoral da diocese de Ilhéus – Bahia e concluindo, em 31 de outubro de 1988.
Em março de 1987- ajudei a fundar o curso de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental no Colégio Municipal Manoel José de Souza – povoado de Ilha formosa – município de Cravolândia – Ba, neste colégio fui diretora e professora de Língua Portuguesa durante 12 anos.
Em abril de 1990, participei do Concurso Público do Estado, em Vitória Conquista – Ba, fiz 63 pontos e fui aprovada, e em 13 de março de 1991 tornei-me professora efetiva do Estado da Bahia.
Em março de 1999, após ter sido demitida do cargo de diretora do Colégio Manoel |José de Souza do município de Cravolândia, fui convidada a ajudar a fundar o curso do Ensino fundamental – 5ª a 8ª série, na Escola Eufrásio Francisco Sampaio- Município de Ubaíra – Bahia.
Em fevereiro de 2001, eu sou demitida do cargo de diretora, por questões de mudanças políticas e por ser um cargo de confiança, sou transferida para lecionar em um outro povoado chamado Jenipapo, pertencente ao município de Ubaíra. Entretanto, no dia 1º de maio de 2001 saiu a minha remoção para a cidade de Itaberaba, para lecionar no colégio Estadual João XXIII.
Em janeiro de 2002, fui aprovada no curso de pedagogia pela Universidade Estadual da Bahia _ UNEB, Campus XIII, cursei somente até o terceiro semestre, porque em janeiro de 2003, fui aprovada no Curso de Letras Vernáculas da UNEB, no mesmo Campus XIII.
Em julho de 2008, por motivos superiores, fui fazer o Estágio Supervisionado III no Campus XIV da UNEB, em Conceição do Coité e em 30 de dezembro de 2008, colei grau no mesmo Campus XIV.
Em 15 de dezembro de 2008, fui certificada pela participação no Programa de Formação Continuada Gestão da aprendizagem Escolar – GESTAR II. E, em janeiro de 2009, concluí uma Pós-graduação em Língua Portuguesa, pela FINOM, Faculdade do Noroeste de Minas.
Em março de 2009, participei da seleção para professor formador do Programa de Formação Continuada Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II fui aprovada e atualmente exerço esta função pela Secretaria Estadual de Educação do Estado da Bahia sob a coordenação do IAT.
Sou amante e apaixonada pela Leitura, acredito que aquele que lê, vê mais além, tem a possibilidade de viajar por caminhos,lugares imagináveis.Impossível esquecer as maravilhosas obras que já li! Já li e reli por inúmeras vezes Memórias Póstumas de Machado de Assis, como esquecer as belas lembranças daquela noite da Missa do Galo? E os contos de Florbela Espanca, os contos de Edgar Alan Poe, e os de Tchekov escritores americanos? Como não citar os grandes escritores como Aloíso Azevedo, Jorge amado, José de Alencar, Carolina Maria de Jesus, Paulo Coelho, Fernando Sabino, Adelaide Carraro, Karl Marx, Max webwer, Leonardo Boff, Khaled Hosseini, Igor Rossoni e muitos outros mais? Leio por prazer, para adquirir novos conhecimentos.Acredito no poder da palavra e da leitura, pois aquele que lê adquire sempre mais conhecimentos, torna-se politizado e consciente de seus direitos e deveres.
Basta Pensar em Sentir

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.

Viver é não conseguir.
(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

FOTOS OFICINA - GRAMÁTICA










FOTOS OFICINA SOBRE GRAMÁTICA



Sequência didática- cursista - Cintia

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS PROGRAMA GESTAR
TP4 Data: 06/10/2009
Área: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Disciplina: LPLB
Professoras: Cíntia de Souza Sampaio Damasceno
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
COMPETÊNCIA(S)

•Analisar as abordagens dos gêneros textuais.
•Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dado e informações representados de diferentes formas para tomar decisões e enfrentar situações-problemas.
HABILIDADE(S)

•Compreender na leitura o significado, as causas e consequências dos fatos abordados, relacionando-os a outros textos e ao universo.

•A partir da leitura do texto literário estabelecer relações entre ele e seu contexto histórico, social, político ou cultural, inferindo as escolhas dos temas, gêneros discursivos e recursos expressivos dos alunos.

CONTEÚDO(S)

•Leitura interpretativa do texto poético
•Estudo da estrutura do gênero poema.
•Estudos dos aspectos lingüístico do poema.
•Trabalhando a tipologia descritiva
•Leitura imagética
•Produção textual

DESCRIÇÃO DA(S) ATIVIDADE(S)

1º ETAPA
•Os alunos farão uma pesquisa sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade, para socializarem em sala de aula.
•A turma será dividida em grupo e receberá o texto poético “Cidadezinha qualquer” de Drummond para leitura e interpretação.
•Será realizado um estudo sistematizado da estrutura textual, orientado pela professora.
•O estudo da tipologia descritiva será feita a partir do poema
•Estudo dos aspectos lingüísticos do texto analisado.

2 º ETAPA

Após o estudo realizado em grupo, os alunos receberão textos com a linguagem não-verbal, para realizarem a leitura de imagens de várias cidades.
•Os alunos deverão observar nas imagens os seguintes aspectos:
- Questão social
- Questão econômica
- Questão estrutural
•Após a leitura imagética, os grupos deverão associar uma das imagens ao texto poético, justificando a sua escolha.
•Os grupos deverão escolher uma imagem analisada e a partir desta, produzir um texto poético descritivo.
•Socialização das produções.

RECURSO(S)
* Textos poético
* texto não-verbal
* Quadro branco
AVALIAÇÃO(S)

A avaliação será a partir dos trabalhos desenvolvidos em grupo, quanto:
- participação
_ oralidade
_ assiduidade
- criatividade.

PROJETO Viajando no mundo dos gêneros textuais

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS PROGRAMA GESTAR
PROFESSORA CURSISTA: CÍNTIA DE SOUZA SAMPAIO DAMASCENO

PROJETO

VIAJANDO NO MUNDO DOS GÊNEROS TEXTUAIS

ITABERABA/BA
OUTUBRO/2009


PROJETO

Tema: Viajando no mundo dos gêneros textuais

Turma: 1º ano do Ensino Médio

Disciplina: LPLB

Professoras: Cíntia de Souza Sampaio Damasceno

Tempo previsto: (um bimestre)

Local: Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães


1. TEMA:

•Viajando no mundo dos gêneros textuais

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA:

•Despertando a leitura a partir dos gêneros textuais que retratam as questões conflituosas vivenciadas pelos adolescentes.

3.CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA

Alunos do 1º Ano do Ensino Médio do turno vespertino, do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em sua maioria oriunda desta cidade, provenientes de escola pública, com faixa etária entre 15 a 16 anos.

4. JUSTIFICATIVA
Sabemos que apesar da leitura ser tão importante quanto a escrita, ela não tem a devida importância no espaço escolar, o que acaba refletindo fora desse ambiente. A dicotomia que se criou entre essas duas atividades, e conseqüentemente a depreciação da leitura, se dá desde os primórdios, em que a escrita constitui-se como fonte de poder. Até mesmo em culturas predominantemente orais, percebe-se certa inclinação aos valores que lhe podem ser atribuída. Em nossos dias, esse quadro não sofreu grandes mudanças, pois nas escolas ainda encontramos certa resistência as atividades voltadas para a leitura. Poucos são os projetos e os investimentos destinados a esta prática, e mesmo quando há, não se dão de forma espontânea, pois são dirigidos, planejados, limitados no tempo e no espaço pelo professor; que acaba se esquecendo que o seu papel é de extrema relevância nesse processo, afinal ele não será apenas o mediador como sempre se auto-intitula, mas também o responsável em apresentar ao aluno os diversos tipos de leitura, e a depender da maneira utilizada, poderá afastar ou aproximar esse sujeito.
Para tanto, é imprescindível utilizar uma metodologia de interpretação e compreensão de textos, bem estruturada, que proporcione ao estudante aprendizagens com a prática da leitura, tornando-o um verdadeiro leitor.
Diante dessa proposta, este projeto se coloca como uma possibilidade de reflexão sobre a temática que atrai o alunado e que o mesmo seja conhecedor do assunto. Sendo assim, é imprescindível trabalhar com diversos que tematizem as questões vivenciadas pelos adolescentes. Além disso, a leitura será focalizada a partir de diversos gêneros textuais, pois a perspectiva atual de ensino de língua materna, não se cabe mais um estudo que focalize exclusivamente um tipo de texto. Vivemos num mundo letrado e visual, em que a palavra e a imagem são importantes meios de comunicação, em todos os setores da vida humana. Estamos expostos a todo tipo de texto, o tempo todo. Portanto, o conhecimento e o domínio de textos empregados em diversas situações da vida são cada vez mais necessários, principalmente para os adolescentes, que estão descobrindo o mundo e desabrochando para a vida.
Este trabalho de leitura de texto terá como objetivo despertar o prazer de ler e, com isso, favorecer um contato “amigável” com o texto, despertando a curiosidade e o gosto pela leitura, além de proporcionar ao aluno um aprendizado significativo.
Para a culminância desse trabalho, será realizado no auditório um momento cultural (Chá Literário) com apresentações teatrais.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao pensarmos na prática de leitura como atividades de classe nos questionamos, primeiramente, sobre sua importância para a escola e qual a sua função na vida escolar dos alunos. Como já ressaltamos, muitas vezes, a atenção dada à leitura está, geralmente, atrelada ao trabalho com a literatura por se acreditar que ela colabora significativamente para a formação da pessoa, influenciando na forma de pensar e agir do homem. Os PCNs ao tratarem desta questão nos trazem a seguinte afirmação: A literatura não é cópia do real, nem puro exercício de linguagem, tampouco mera fantasia que se asilou dos sentidos do mundo e da história dos homens [...] A questão do ensino de literatura ou da leitura literária envolve, portanto, esse exercício de reconhecimento das singularidades e das propriedades compósitas que matizam um tipo particular de escrita. (In: RANGEL, 2005)
Esse reconhecimento de singularidades e propriedades que marcam um tipo particular de texto é praticamente uma afirmação de que muitas outras leituras podem circular na escola, como por exemplo, a estrutura de um livro, sumário, título e subtítulo, bula de remédio, música, reportagem, recibos de água e luz, entrevista... O ensino da leitura desses tipos textuais seria de grande relevância, porque o aluno reconheceria as características de cada gênero, além de adquirir habilidades sobre técnicas e métodos para buscar informações. Essas leituras, que são consideradas extra - escolar, não são consideradas adequadas pelas instituições de ensino, por acharem que não são formadoras de individuo, e que não são adequadas para que o aluno entenda o mundo, algumas delas podem ser trabalhadas como produção de texto, mas não como prática de leitura.
Segundo Ingedore Villaça, o processo de leitura e construção de sentido dos textos, levou em conta que a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão que, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis ás vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos diversos gêneros.
A lista dos gêneros é numerosa, é tanto que os estudiosos que objetivaram o levantamento e a classificação de gêneros textuais desistiram de fazê-lo, em parte porque os gêneros existem em grande quantidade, como prática sociocomunicativas, são dinâmicos e sofrem variações na sua constituição, que, em muitas ocasiões, resultam em outros gêneros, novos gêneros.
“Já se tornou trivial a idéia de que os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados á vida cultural e social. Fruto do trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivos e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa” (Luiz Antônio Marcuschi)

Isto é revelador do fato de que os gêneros textuais surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolve. Caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais, do que por suas peculiaridades lingüísticas e estruturais.
Sendo assim, a prática de leitura por meio dos diversos gêneros permite-nos construir uma intimidade muito grande com a língua escrita, através da internalização de suas estruturas e de suas infinitas possibilidades estilísticas; ou como declara Garcez (2004 p.23): Nosso convívio com a leitura de textos diversos consolida também a compreensão do funcionamento de cada gênero em cada situação. Além disso, a leitura é a forma primordial de enriquecimento da memória, do senso crítico e do conhecimento sobre os diversos assuntos acerca dos quais se podem escrever.

6. OBJETIVO GERAL
*Apresentar os diversos gêneros como um aliado no despertar do gosto pela leitura em nossos alunos.

7. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

•Ler por prazer.
•Comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto às idéias e à forma.
•Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de comunicação e argumentação orais.
•Observar e exercitar os elementos da narrativa.
•Produzir textos narrativos, tomando como base a noção de enredo e suas partes.
•Exercitar a coerência e a coesão textual tanto no nível da frase e do parágrafo quanto no nível do texto.
•Identificar e classificar as orações nos textos.
•Refletir sobre a juventude: seus valores, sua relação com a vida, seu sentimento de onipotência, suas contradições, etc.

8.CONTEÚDOS

GÊNEROS TEXTUAIS
CONTOS
O primeiro beijo (Clarice Lispector)
Felicidade Clandestina (Clarice Lispector)
Preciosidade (Clarice Lispector)

POEMAS
Soneto de fidelidade (Vinícius de Moraes)
Pela luz dos olhos teus (Vinícius de Moraes)

MÚSICAS
O que é o que é (Gonzaguinha)
Amor Y love you (Marisa Monte)
Já sei namorar (Marisa Monte)
Felicidade (Fábio Júnior)

REPORTAGENS
A paranóia do corpo ( VEJA, Letícia de Castro)
O Império da vaidade (VEJA Paulo Moreira Leite)
Culto a forma: saúde, vaidade ou escravidão? (VEJA)

CINEMA NA ESCOLA
Sociedade dos Poetas Mortos

ASPECTOS LINGUÍSTICOS
Frase, oração e período
Modo, tempo e vozes do verbo

PRODUÇÃO TEXTUAL
Produção de um trabalho acadêmico a partir dos contos de Clarice Lispector.
Análise dos textos em versos e leitura analítica das questões tematizada nas reportagens.

9. METODOLOGIA

•Introdução do tema proposto, levando os alunos a refletirem como se retrata o jovem atual, buscando semelhanças e diferenças entre os jovens de hoje e os de gerações passadas.

•Leitura reflexiva, a partir da música “O que é o que é “de Gonzaguinha, com a finalidade de lavar os alunos a falarem sobre o sentido da vida.

•Após ouvirem e interpretarem a música, os alunos farão um texto de qualquer tipologia textual, para expor suas idéias sobre o contexto da música.

•A partir dos textos produzidos pelos alunos, será feito um estudo sobre as tipologias textuais (Narração, descrição e dissertação), focando assim, as suas diferenças.

•Pesquisa feita pelos alunos sobre Clarice Lispector, para estudo mais aprofundado dos contos abordados.

•Leitura interpretativa do conto “O primeiro beijo” de Clarice Lispector, focando a introspecção, a sondagem psicológica e os momentos epifânicos (pré- epifânico.,epifânico e pós- epifânico) , na personagem protagonista.

•Estudo comparativo entre o conto e as músicas “Já sei namorar” e “Amor Y love You” de Marisa Monte, observando a estrutura, os aspectos gramaticais e estilísticos dos gêneros em estudo.

•Após o estudo feito, teremos uma conversa sobre a sexualidade, pois o texto trabalhado trata também, deste assunto.

•Leitura reflexiva, com a finalidade de contextualizar os fatos apresentados nas letras de músicas e do conto, transferindo-os para realidade vivenciada pelos jovens.

•Após a reflexão coletiva, os alunos deverão expor espontaneamente os seus anseios, desejos e conflito vivenciados nesta fase tão conturbada.


•Leitura interpretativa do conto “Felicidade Clandestina” de Clarice Lispector, com o propósito de estudar os elementos da narrativa, o gênero conto e especificamente a escritura de Clarice Lispector, quanto ao processo epifânico.

•Após o estudo feito, os alunos deverão relacionar o conto estudado com a música “Felicidade” de Fábio Júnior. Além disso, farão relação com as suas próprias vidas, e com a concepção que eles têm de felicidade.

•Leitura prévia pelos alunos do conto “Preciosidade” de Clarice Lispector, seguindo os seguintes passos:

•Leitura do texto observando os elementos da narrativa.
•Estudar a relação do título com a obra.
.Identificar as palavras - chave que vão nortear a interpretação do texto.
•Identificar a introspecção das personagens, e em especial a da protagonista.
•Buscar informações no texto que apontam o processo epifânico , da protagonista.
•Abordar de maneira explícita a transformação ocorrida com a protagonista, depois do processo epifânico.
•Relacionar o contexto da obra com o cotidiano de um adolescente e a relação deste Com a família.
•Posicionamento do aluno em relação às questões abordadas.
•Posicionamento do aluno a respeito da educação, do namoro, da família e o que é ser adolescente.
•Os alunos deverão assistir ao filme “Sociedade dos poetas mortos” e após assistirem preencherão uma ficha de leitura.

•Os alunos farão a relação do contexto do filme, com a sua própria vida de estudante, apontando os seus anseios, desejos e conflito enfrentados nesta fase, mostrando o que é ser adolescente.

•Após todo o estudo, os alunos deverão se dividir em grupo para a realização de um trabalho acadêmico e apresentação teatral a partir dos gêneros estudados.

•Confecção de cartazes para a divulgação das apresentações teatrais que acontecerão no evento “Chá Literário”.

•Para a culminância do trabalho, serão realizadas apresentações de peças teatrais para a comunidade escolar.



10.RECURSOS

Recursos comuns a sala de aula
Som e CD
Textos literários
Textos xerografados
Vídeo e filme
TV

11.FORMA DE SOCIALIZAÇÃO

O resultado final do estudo será apresentado a toda a comunidade escolar, numa data previamente escolhida e divulgada pelos alunos, através dos cartazes de divulgação para a realização do Chá Literário.


12.RESULTADOS ESPERADOS
Almejamos que os alunos atinjam uma aprendizagem efetiva e prática, que estes consigam associar a temática estudada ao contexto sócio-cultural levando-os a terem uma visão de mundo mais abrangente, consciente e crítica de si mesmo e do mundo.


13.AVALIAÇÃO

Os trabalhos serão avaliados a partir da participação dos alunos e das produções escritas realizadas em grupo e individual, para a realização do evento Chá Literário.
Também será feita uma avaliação das peças teatrais apresentadas no auditório da unidade escolar.


14.CRONOGRAMA

PERÍODO ATIVIDADE

Dois dias:Dinâmica de integração e discussão sobre a proposta do projeto

Uma semana:Exposição teórica sobre os gêneros textuais

Uma semana:Estudo dos gêneros textuais, observando semelhanças e diferenças
Uma semana:Leitura a análise dos textos
Leitura prévia dos contos

Uma semana;Orientação para a realização do trabalho acadêmico
Produção do trabalho em grupo
Uma semana:Assistir ao filme “Sociedade dos poetas mortos”
Análise do filme por escrito
Uma semana:Comentário do filme relacionando a vivencia do aluno com o contexto do filme
Oralidade e escrita
Dois dias:Socialização do trabalho em sala de aula
Três dias:Apresentação das peças teatrais no Chá Literário

REFERÊNCIAS:
BRAIT, Beth. A Personagem. São Paulo: Ática; 1998.
GANCHO, Cândido Vilares. Como Analisar Narrativas. São Paulo: Ática; 2004.
GARCEZ, Lucília H. do Carmo. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
KOCH, Ingedore Villaça. Ler e Compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2008
LEAL, Telma Ferraz. Prática social de leitura na escola e na sociedade. In: Leitura: Teoria & Prática. Ano 18 Números 34.
LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. São Paulo: Ática, 1997.
LISPECTOR, Clarice. Preciosidade. São Paulo: Ática, 1997.
LISPECTOR, Clarice. O primeiro beijo. São Paulo: Ática, 1997.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da Fala para a Escrita: Atividade de Retextualização. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2004.
PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercício> São Paulo: FTD, 2008.
RANGEL, Jurema Nogueira Mendes. Leitura na Escola: Espaço para gostar de ler. Porto Alegre: Mediação. 2005.
KOCH, Ingedore Villaça. Ler e Compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2008

RELATÓRIO DA OFICINA DO TP2

GESTAR II 2009 - PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

RELATÓRIO DA OFICINA DO TP2

Formadora: Rita de Cássia Rodrigues Souza
Formadora – UNB: Rosa Maria Olimpio
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II
DIREC 18
Itaberaba – BA

GESTAR II - Língua Portuguesa

Oficina TP 2 Unidade 6
Assunto: Gramática, tipos de ensino e análise lingüística
Data- 24/11/2009
Horário: 08: 00
Carga Horária: 240


Roteiro da Oficina:
1-ACOLHIMENTO
2-SENSIBILIZAÇÃO
3-DISCUTINDO CONCEITOS
4-DINÂMICA PARA A FORMAÇÃO DE GRUPOS
5-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6-ANÁLISE DE TEXTO DO ALUNO
7-SISTEMATIZAÇÃO
8-LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
9-MOBILIZAÇÃO PARA A PRÓXIMA OFICINA
10-AVALIAÇÃO DA OFICINA

OBJETIVO: Discutir as concepções de gramática, tipos de ensino e análise lingüística.

ACOLHIMENTO:
Após as boas vindas entreguei aos cursistas a cópia do poema “Criação”, solicitei que fizessem a leitura e fizemos uma breve discussão a respeito do poema lido. Infelizmente o vídeo “Aula de Português”, sobre a reforma ortográfica não abriu, mas uma vez a tecnologia falhou, por isso fiz um pequeno comentário sobre o vídeo e combinei com os cursistas que o enviaria por e-mail para todos. Apresentei-lhes o objetivo e o roteiro da oficina. Já havia afixado, nas paredes da sala, excertos de poemas ou declarações de autores famosos sobre Gramática. Leram alguns excertos e comentaram a respeito dos mesmos.

Desenvolvimento da oficina
Para mobilizar os conhecimentos prévios dos cursistas, perguntei-lhes o que esperavam encontrar num texto como o seguinte enunciado: “Morda a Minha Língua”? E em quais gêneros textuais? Foram pertinentes as afirmativas a respeito do tema abordado. Por motivos técnicos, não foi possível ouvirmos a música “Morda minha língua” de Eliana Printes. Fizemos a leitura da cópia da letra e houve uma discussão . Depois de ouvida a música, provoqueI uma reflexão a partir das seguintes questões:
a) De que fala a letra da música?
b) Que sentidos você observa no verso “Fale minha língua, morda minha língua”?
c) E em “No meio da bobeia desse baticum”?
d) Você pode estabelecer uma relação entre a letra da música e o dia-a-dia do professor?
e) Você trabalharia esta música com alunos de 5a a 8a série? Como?
Houve muitas discussões neste momento e os cursistas comentaram que trabalhar com a gramática contextualizada é um desafio. Concluíram que o ensino da gramática deve ser natural para que o aluno possa incorporar isso no dia- a -dia e, portanto o professor deve criar oportunidades para que os alunos ampliem cada vez mais seus usos de língua e percebam a beleza da variedade lingüística e que a partir dessa letra de música “Morda minha língua” é possível trabalhá-lha paralela às letras de músicas como de Caetano, poemas de Drummond e outros mais.
Para mobilizar os conhecimentos prévios dos cursistas sobre gramática, entreguei-lhes meia folha de papel de oficio em branco e pedi-lhes que escrevessem a palavra gramática e o seu significado. Após a apresentação do que escreveram passei uma caixinha com as palavras que tratam sobre as “Concepções de Gramática” e “Tipos de Ensino” para formar os grupos. Após as colocações refletimos sobre as três concepções da gramática: a interna, a descritiva e a normativa. Pois, no ensino-aprendizagem da língua, é fundamental a consideração da gramática interna, uma vez que o trabalho com a língua pode ser feito a partir dela, deve-se procurar ampliá –la. É essencial que o professor perceba que o aluno deve conhecer e ler textos diferentes e ser convidado a produzí-los e certamente ampliará sua gramática interna.
Convidei-os a lerem o texto de referência do TP2 “Questões ligadas ao ensino da gramática”, páginas 36 e 37 e entreguei-lhes uma questão para ser discutida do anexo 5. Logo após a socialização, entreguei aos grupos um texto produzido por um aluno para que fosse analisado seguindo o comando do anexo 7. Depois de analisarem o texto produzido pelo aluno, os cursistas sugeriram situações comuns de sala de aula e discutiram de que maneira trabalhariam as “incorreções” dos alunos.
Depois da socialização, convidei-os a refletirem sobre a postura do professor de Língua Portuguesa, em sala de aula com os seguintes questionamentos:
- Quais estratégias você utiliza para que seu aluno leia, entenda e aplique as recomendações que você sinaliza no texto dele?
- Que importância é dada às atividades de análise lingüística?
- Como deve ser o trabalho com a gramática?
No momento da sistematização, utilizei os slides do anexo 8 e a seguir entreguei-lhes um envelope contendo partes de uma frase da sugestão 1 – jogo rápido - para que fizessem a montagem organizando os períodos de forma diferente de acordo com os comandos:
1-Priorizando a idéia de concessão.
2-Priorizando a idéia de companhia.
3-Priorizando a idéia de modo.
4-Priorizando as ações desenvolvidas pelo sujeito.
Esta atividade foi muito prazerosa e significativa, porque reforçou as discussões sobre como trabalhar a gramática normativa em sala de aula. Usando o slide do anexo 12 – imagem do espelho- instiguei-os sobre questões da avaliação e auto-avaliação, mobilizando-os para a próxima oficina de avaliação: Como tenho me visto enquanto cursista do GESTAR? Como tenho visto o trabalho do meu formador?
Por fim, realizamos a avaliação da oficina, que foi bastante importante, porque proporcionou discussões relevantes a respeito da gramática e houve trocas de experiências e sugestões riquíssimas para serem trabalhadas em sala de aula tornando as práticas pedagógicas mais gratificantes, porque nós professores somos vencedores de sonhos e nós também temos a incumbência de transformar a escola no local privilegiado em que se mostram e se indicam caminhos a serem percorridos.

domingo, 29 de novembro de 2009

fotos TP1



FOTOS OFICINA DO TP1







RELATÓRIO DA OFICINA DO TP1

GESTAR II 2009 - PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

RELATÓRIO DA OFICINA DO TP1


Formadora: Rita de Cássia Rodrigues Souza
Formadora – UNB: Rosa Maria Olimpio
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II
DIREC 18
Itaberaba – BA

GESTAR II - Língua Portuguesa

Oficina TP 1 Unidade 1 e 2
Assunto: Variedades lingüísticas
Data- 17/11/2009
Horário: 08: 00
Carga Horária: 240 MINUTOS

Roteiro da Oficina:
1-ACOLHIMENTO
2-SENSIBILIZAÇÃO
3-FORMAÇÃO DE GRUPOS
4-ATIVIDADE EM GRUPO
5-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6-SISTEMATIZAÇÃO
7-MOBILIZAÇÃO PARA A PRÓXIMA OFICINA
8-AVALIAÇÃO DA OFICINA

OBJETIVO: Discutir as variantes lingüísticas: dialetos, registros e equívocos.

Acolhimento:
Barbaridade, tchê! A Oficina do TP1 sobre “Variedades lingüísticas”, uai! Foi um trem bão dimais sô. Oxente! Pois, depois das boas vindas, apresentei o roteiro e o objetivo da oficina. E para acolher os cursistas e sensibilizá-los passei o vídeo “Nós mudemos”, momento muito significante, pois após o vídeo todos comentaram sobre as responsabilidades de um professor em sala de aula, porque se trabalha com vidas e somos responsáveis pelo futuro do aluno. Todos ficaram emocionados com a narrativa da professora, que não soube conduzir, mediar a situação vivida pelo seu aluno Lúcio e muito tempo depois se vê diante de uma cena tão sofrida. Assistimos também ao vídeo “Cordel do fogo encantado” para descontrair o momento das emoções vivido por todos. Fizemos também algumas reflexões sobre as “Gírias na Academia Brasileira de Letras” (anexo 1). O resultado foi maravilhoso! Rimos bastante com as leituras das gírias.
Desenvolvimento da oficina:
O momento da sensibilização foi muito interessante, pois ao apresentar as frases em internetês alguns cursistas conseguiram entender o que diziam as frases e em que momento são usadas, pois a maioria são usuários da internet e discutem também em sala de aula com seus alunos essa linguagem da tecnologia. Em seguida fiz a leitura da “Declaração de amizade” e as discussões foram excelentes, pois acreditamos que a língua é um sistema aberto, o que possibilita uma grande variedade de usos. Assim, ao lado de regras sistemáticas que todos os seus falantes devem seguir, aparecem as variantes da língua, que podem referir-se ao uso de um grupo ou ao uso de cada locutor, no momento da interação.
Solicitei que formasse os grupos de acordo com a fichinha recebida do anexo 3:
a)Criança, oito anos, colega de Paulinho;
b)Professor de Paulinho;
c)Linguista convidada: “Madrinha de Paulinho”;
d)Mãe de Paulinho, sem instrução;
Após as discussões em grupo e socialização, por unanimidade, concluiu-se que a língua é um sistema aberto e tão rico que possibilita uma grande variedade de usos. Assim, ao lado de regras sistemáticas que todos os seus falantes devem seguir, aparecem as variantes da língua, que podem referir-se ao uso de um grupo ou ao uso de cada locutor, no momento da interação. A língua varia entre os diferentes falantes em relação à época, em relação à classe social, a região geográfica, individualmente a partir das diferentes situações comunicativas. Em seguida os grupos fizeram a leitura do texto “Variações Lingüísticas” dividido da seguinte forma:

•Grupo 1 – Variações lingüísticas: níveis e tipos; Variação Dialetal /Variação Regional;
•Grupo 2 – Variação de caráter Social e profissional e variação etária;
•Grupo 3 – Variação de registro e grau de formalismo; Modalidades de uso e sintonia ;

O momento dessa socialização foi sensacional, pois os cursistas relataram situações de vivências de preconceito linguístico e relembraram o slide “Nós mudemos” discutido anteriormente e fizemos mais uma vez a reflexão sobre a prática dos professores em sala, porque trabalham com vidas e a palavra exerce poder.
Sugeri que os professores desenvolvessem atividades com textos onde os alunos possam fazer o reconhecimento dos diversos dialetos e aos pouco ir diminuindo o preconceito, que em geral alguns têm em relação as variantes lingüísticas menos prestigiadas socialmente, pois uma das variantes de dialeto não é melhor nem pior do que qualquer outra. Em seguida, fizemos a comparação da classificação apresentada pelo grupo com o quadro de Dino Preti e concluímos que é fundamental criar oportunidades para que os nossos alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que registros e dialetos diferentes apresentem-se para a sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos diversificados. Pois, esse é o maior objetivo do ensino da língua, desenvolver no sujeito a competência para a leitura e produção de textos.
Para fortalecer e ilustrar as discussões a Oficina do TP1 apresentei alguns trechos do slide “Além mar” com depoimentos e entrevistas dos falantes dos países lusófanos. Após o slide, num clima bem descontraído solicitei que fizessem a avaliação da oficina seguindo a ficha da avaliação sugerida. E como sempre nos despedimos com a certeza de que esse momento de estudos e reflexões é muito significativo e gratificante para as nossas ações pedagógicas.

RELATO DE ATIVIDADE= CURSISTA- NÁDIA

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS PROGRAMA GESTAR

GESTAR II
2009/2010 RELATO DE ATIVIDADE 1
TP nº. 3

Formador: Rita de Cássia Rodrigues
Data: 29.09.09

1. Identificação do Cursista

Nome: Nádia Lima Aragão
Pólo: Itaberaba
Turma (no Gestar):

Escola: Colégio Lauro Farani Pedreira de Freitas
CIDADE - IAÇU - BAHIA
Disciplina: Língua Portuguesa

2. Dados realização
Escola: Colégio Lauro Farani Pedreira de Freitas
Série: 7ª Turma: A Quantidade de alunos: 23 Turno: Matutino
Nome da Atividade:
TP: 3 Unidade: 9 Seção: 1 e 2 Pág.(s): 15,16,17,18,31
Nomes dos cinco alunos selecionados para a amostragem de desempenho na aprendizagem 1.Edvania
2.Neilton
3.Maiane
4.Jaqueline
5.Lainá
Tempo de realização: número de aulas: 4
Quantidade de horas: 200 MINUTOS
Conteúdos trabalhados: Trabalho

Objetivos da atividade:
*Discutir o conceito de trabalho
*Reconhecer os vários tipos de trabalho e de trabalhadores
*Reconhecer a importância do trabalho de cada um dentro da sociedade
Discutir a importância da segurança no trabalho, do poder aquisitivo na correspondência dos tipos de trabalho e da discriminação sofrida por algumas classes de trabalhadores.
*Perceber que o trabalho é um bem

Recursos utilizados:
Livro, textos, gravuras, caderno, quadro e giz
Estratégias de organização espacial da sala de aula:
A sala organizada em semi-círculo

5. Execução e avaliação da atividade
5.1. Desenvolvimento:

Primeiro momento:
Distribuição da atividade digitada (referente a ativ. Do TP3. págs. 15 e 16)em que é solicitado que os alunos descrevam as imagens com a definição de sua representação. Na mesma atividade os alunos responderão quais das figuras representam pessoas trabalhando.

Segundo momento:
Os alunos refletirão sobre o que eles consideram que é trabalho, escrevam os seus conceitos numa folha de papel e em seguida representarão o mesmo conceito sob forma de desenho. Após a realização da atividade todos socializarão os seus conceitos.

Terceiro momento:
Os alunos sentados em semi-círculo e a professora proporá uma discussão após a leitura das questões sugeridas no TP3, pág. 18.

Quarto momento:
Todos em círculo e atentos para acompanhar a leitura realizada pela professora a respeito da fábula de La Fontaine –A Cigarra e a Formiga. Em seguida todos darão sua opinião a respeito do sentido da história, dos tipos de trabalho relatado na fábula, dos preconceitos, da valorização e desvalorização de algumas profissões e sobre o final da história.

5.2. Reflexões críticas do professor sobre a atividade desenvolvida:
As atividades desenvolvidas atenderam satisfatoriamente os objetivos propostos
5.3. Avaliação crítica sobre as estratégias utilizadas pelos alunos para a realização da atividade:
Os alunos realizaram dentro do esperado as atividades propostas.

RELATO DA ATIVIDADE TP4 - cursista- ELIETE

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS PROGRAMA GESTAR

RELATO DO PROFESSOR CURSISTA
ELIETE OLIVEIRA ANDRADE CEZAR
Wagner – BA
2009
Relato de atividade 2 apresentado à Professora Rita de Cássia, Formadora do curso gestar II, Lingua Portuguesa. Como requisito de avaliação
Orientadora: Professora, Rita de Cássia.

GESTAR II
2009/2010 RELATO DE ATIVIDADE 2
( Professor Cursista) TP nº. 04
Formador: Rita de cássia Rodrigues Sousa Data:20/10/2009
1. Identificação do Cursista
Nome:Eliete Oliveira Andrade Cezar Pólo:Itaberaba Turma: 01
Escola: Colégio Estadual de Itaberaba Disciplina:Lingua Portuguesa

4.Dados realização
Escola:Instituto Ponte Nova
Série: 8ª Turma: B Quantidade de alunos: 30 Turno: Vespertino
Nome da Atividade: A cidade
TP: 04 Unidade: 14 Seção: 03 Pág.(s): 94 e 97
Nomes dos cinco alunos selecionados para a amostragem de desempenho na aprendizagem 1. Cristiane Pereira de Oliveira
2. Elizângela Silva Souza
3. Jéssica Aniele A. R. Ferreira
4. Polyana Oliveira dos Santos
5. Thayana Alves da Silva
Tempo de realização: número de aulas: 05
Quantidades de horas: 04 hs e 10 minutos.
Conteúdos trabalhados: Leitura
Escrita (produção textual).

.Objetivos :.
•Mostrar prazer e entusiasmo durante a leitura individual e coletiva.
•Valorizar os vultos históricos da cidade
•Demonstrar aquisição de conhecimentos sobre a história de sua cidade ao realizar produções escritas.
•Reconhecer as tipologias textuais utilizadas nas aulas.
Recursos utilizados: Recursos humanos (professores, alunos, funcionários, moradora da comunidade.
Recursos materiais (aparelho mycrossistem, CDs, murais, papel metro, pincéis atômicos , materiais do professor, do aluno, e material do gesta
Estratégias de organização espacial da sala de aula: Cadeiras em círculo para a realização das atividades.
Murais (com textos poéticos: poesia e música) expostos na lousa.
5.Execução e avaliação da atividade
5.1 – Desenvolvimento
Atualmente uma questão debatida no cenário educacional refere-se à prática de leitura e escrita nas séries finais do ensino fundamental. Atenta-se a estas necessidades de melhoria na educação, meus conhecimentos foram ampliados com o gestar II melhorando o nível de aprendizagem dos alunos, pois o material do gestar veio subsidiar a qualidade e desempenho de minha prática educativa.
Ao trabalhar com o tema cidade e o texto poético: Cidadezinha Qualquer de Carlos Drumond de Andrade, proposto pelo gestar foi valioso, pois enriqueceu nossos conhecimentos sobre a história de nossa cidade – Wagner que não é uma cidadezinha qualquer, porque possui sua historia e suas marcas.
Exposição na sala (lousa) murais com o texto poético de Drumond (Cidadezinha Qualquer) e com a música Tocando em frente de Almir Sater, cd e aparelho mycrossistem. Lemos os textos ouvimos a música e depois cantamos. Logo após numa conversa descontraída interpretamos o poema, relacionamos com nossa cidade, onde os alunos falaram pontos positivos e negativos da mesma. Relataram oralmente seus conhecimentos prévios sobre a história de nossa cidade, neste momento houve a contextualização em que os alunos analisaram e compararam o que tínhamos e o que temos, na saúde, educação e lazer confrontando com nossa realidade atual. Foi realizada também uma entrevista com a professora Natalia Hora, moradora de nossa cidade, ex-aluna, ex-professora, e ex-vice diretora de nossa escola, Instituto Ponte Nova, a qual nos informou bastante sobre a história de nosso município. Esta atividade foi muito proveitosa e enriquecedora, os alunos ficaram maravilhados, pois intensificaram seus conhecimentos .


No momento da sistematização das informações adquiridas os alunos demonstraram que realmente aprenderam, porque cada um construiu texto em prosa comprovando que ampliaram os conhecimentos, finalizando as atividades, fizeram relatos por escrito das estratégias e a avaliação crítica das mesmas.
5.2 – Reflexão crítica do professor sobre a atividade desenvolvida
O momento da leitura e aprendizagem deve-se dar de forma prazerosa e estimuladora. É um momento mágico na vida do aluno, pois ele consegue fazer síntese dos conhecimentos adquiridos em diversas situações. Aprender mais sobre a historia de nossa cidade conduziu o aluno a informações e aprendizagens até então desconhecidas foram momentos prazerosos, onde houve envolvimento de todos durante a realização das atividades propostas Os objetivos previstos foram alcançados, pois os alunos realizaram as atividades com gosto, demonstraram que adquiriram mais conhecimentos sobre a história de nossa cidade ao produzir seus textos, valorizando os vultos históricos, as contribuições dessas pessoas para o progresso de nossa cidade. Reconheceram os gêneros textuais utilizados nas aulas, cantaram com entusiasmo a música Tocando em frente de Almir Sater e relacionaram com o poema em estudo.
5.3 – Avaliação crítica sobre as estratégias utilizadas pelos alunos para a realização da atividade.
A tecnologia no âmbito escolar tem mudado bastante a forma de trabalho na prática pedagógica do professor, pois o aluno tem contato direto com os recursos tecnológicos os quais já fazem parte de seu cotidiano e as aulas tornaram-se mais dinâmicas.
Diante disso, as estratégias utilizadas no desenvolvimento das atividades estabelecidas foram bem aceitas pelos alunos, pois houve sucesso na realização e sistematização das mesmas.
5.4 – Conclusão do professor referente ao planejamento, execução e avaliação da atividade
O planejamento constitui um elemento primordial para guiar a prática pedagógica do educador, colhendo desta maneira melhores resultados no processo ensino/aprendizagem.
O planejamento das atividades foi elaborado e executado com sucesso, onde todos os alunos envolveram-se e aprenderam, pois os conhecimentos relatados pela ex- professora Natalia Hora durante a entrevista, acrescentou, somou e tirou dúvidas em todos nós. Os objetivos foram alcançados devido a metodologias (estratégias) e recursos coerentes com os mesmos, que envolveu e interessou a todos os alunos nas atividades desenvolvidas..

6- Anexos:

6.1 – Texto dos alunos
6.2 – Avaliação crítica
6.3 – Relatos das estratégias
6.4 – Cópia do poema: Cidadezinha Qualquer
6.5 - Cópia da música: Tocando em Frente
6.6 – Perguntas da entrevista
6.7 – Fotografias.

Entrevista

1-Quais nomes Wagner teve até aqui?
2-O significado de cada um.
3-Porque tudo começou em Cachoeirinha e não aqui? (Wagner),
4-Quem foram os primeiros habitantes?
5-Como as pessoas se locomoviam? De que lugares vinham os estudantes?
6-Quantos prefeitos e quais? Falar do primeiro como referência.

PROJETO DAS CURSISTAS: ENAIDE e ELIETE

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE EXPERIMENTAÇÃO E FORMAÇÃO EDUCACIONAIS PROGRAMA GESTAR

PROJETO:LEITURA, CAMINHO REAL HOJE E NO FUTURO.
ELIETE OLIVEIRA ANDRADE CEZAR
ENAIDE DE JESUS SOUZA SATELES
Wagner – BA
2009 ELIETE OLIVEIRA ANDRADE CEZAR
ENAIDE DE JESUS SOUZA SATELES

Projeto apresentado à Professora Rita de Cássia Rodrigues Souza, Formadora do curso gestar II, Lingua Portuguesa. Como requisito de avaliação.

Wagner – BA
2009

LEITURA, CAMINHO REAL HOJE E NO FUTURO.

Problema:
As recentes mudanças na conjuntura econômica, a globalização e a informatização tem sido uma série de reflexos sobre o papel da escola dentro deste modelo de sociedade desenhado neste início do século. Para sensibilizar e desenvolver o gosto pela leitura, o aluno precisa se desprender um pouco do computador e envolver-se com o trabalho que a escola tem oferecido que é o cumprimento de projetos didáticos, cujo assunto é leitura e escrita, onde tem usado uma diversidade textual, com metodologias e usos de recursos diferentes.
Leitura, necessidade de vida hoje e não uma preparação para o futuro, família-escola-comunidade, define representar vida real para o sucesso de cada aluno, assim, serão capazes de serem leitores críticos, pois é uma das demandas para o mercado de trabalho. A escola precisa ser o espaço que compreende o uso ético e estético da linguagem verbal e não verbal, com o objetivo de instrumentalizar o aluno para atuar no plano social, cultural e pessoal.
Tema:
A escola Instituto Ponte Nova, preocupa-se em formar alunos leitores, por isso os professores da mesma, tem procurado se qualificar com o objetivo de adquirir novos conhecimentos para melhorar o seu desempenho no dia a dia, em suas práticas pedagógicas. Resultando assim numa aprendizagem que é preparar o aluno para a leitura não só na sala de aula e sim leitura de mundo.
Justificativa:
A Nossa Unidade Escolar, após diagnostico,percebe que muitos dos alunos tem problemas de autoconhecimento, relacionamento e baixa auto-estima. Diante do exposto propomos em reunião com os professores para que cada turma tenha um professor responsável, sendo PADRINHO ou MADRINHA, de modo que as ações a serem realizadas venham contribuir para melhorar a qualidade de vida e principalmente á formação cidadã.
Este projeto incentivará os alunos à leitura e sensibilizar o pensamento sem perder de vista a realidade em sintonia com os novos rumos dos acontecimentos sociais, culturais analisando fatos de acordo com a própria vida, tendo a leitura do mundo contextualizado como ponto de partida para o questionamento entre a vida e as ações vividas hoje e antes, desenvolvendo a criticidade, o gosto pela leitura, envolvendo assim, a comunidade na construção e aperfeiçoamento de novas habilidades de leitura e conhecimentos de gêneros textuais estudados.
Fundamentação teórica:
Durante os últimos anos, a crítica ao ensino da Língua Portuguesa centrado em tópicos de gramática escolar e as alternativas pelos estudos lingüísticos, principalmente no que se refere à consciência dos fenômenos enumerativos e á analise tipológica dos textos, permitindo uma visão muito mais funcional da língua.
Os alunos, por sua vez, ao se relacionarem com qualquer texto, sempre farão segundo suas possibilidades; isto aponta para a necessidade de trabalhar com conteúdos que lhes interessam, então, a escola está cumprindo com sua responsabilidade proporcionando aos educandos oportunidade de adquirir novos conhecimentos, pois estão relacionados a assuntos do seu cotidiano.O aluno ao entrar na escola já sabe pelo menos uma das variedades lingüísticas, aquela que aprendeu por estar inserido em uma comunidade de falantes.Com a escola ele aprende as exigências apropriadas para certas circunstâncias.
O texto oral vem levando o aluno a descobrir seu potencial de criação e interpretação, mostrando sua desenvoltura, quando compartilha de contos de fadas ou de estórias de livros paradidáticos, ampliar suas referências do mundo e trabalhar, simultaneamente, com todas as linguagens.
(Fanny Abramo, 1995.p.5) “A preocupação fundamental da escola com um aluno vivo, inquieto e participativo, com um professor que não tema suas próprias dúvidas e com uma escola aberta, viva, posta no mundo e ciente de que estamos chegando ao século XXI”.
A crise de leitura é em nível de Brasil, e valorizar a pesquisa, a procura de textos diversificados ajudarão no desbloqueio do crescimento intelectual do ser humano, a abertura para se expressar, não seguindo padrões a serem copiados, mas abrindo leques de alternativas, dando importância á postura crítica, ao compreender o universo circundante sabendo olhá-lo, ao estar inquirindo permanentemente ao freqüentar outras classes sociais, se reformulando, se refazendo, exatamente como caminharam em sua infância.
Preparando profissionais, seja ele quem for, está à exigência de seu constante aperfeiçoamento, de superação do especialismo que não é o mesmo que especialidade.
“O Profissional deve ir ampliando seus conhecimentos em torno do homem, de sua forma de estar sendo no mundo, substituído por uma visão ingênua da realidade deformada pelos especialistas estreitos”.(Paulo Freire, p.76).
Na educação, não basta planejar ou discutir a importância da leitura, levar o aluno para a biblioteca onde o próprio bibliotecário não tem conhecimento dos livros, o bibliotecário moderno precisa ser uma mistura de técnico com intelectual para ser um guia facilitador do leitor.
O bibliotecário precisa ser, ele mesmo, um bom leitor.Não se trata, evidentemente, da memorização dos títulos contidos no catálogo, por isso, um catálogo bem organizado ou um computador pode armazenar e servir os leitores, mais rápida e eficientemente, ser um conhecedor de livros significativos por possuir um repertório amplo de leituras, que sirvam para orientar intelectualmente os usuários e para dimensionar a qualidade do acervo.(Rubem Borba de Moraes, 1986, p.94).

O ato de ler se constitui num instrumento de luta contra a dominação. A manipulação do povo pode ocorrer através de uma real contradição. Pode-se considerar ainda que estamos vivendo numa sociedade letrada.Isto quer dizer que os veículos escritos são necessários à própria sobrevivência e atualização dos homens nesse tipo de sociedade.
Trazer para a sala de aula notícias, reportagens, depoimentos com enfoques e pontos de vista, diferentes gostos pela leitura e desenvolver habilidades de comprar, selecionar, analisar, sintetizar e argumentar a fim de ampliar o olhar e a criatividade.
Refletir sobre as informações que recebemos diariamente tornou-se tarefa das mais complexas, de modo que cada vez mais os jovens precisam ser desafiados a comprá-las e buscá-las em diferentes fontes. “Formar estudantes críticos faz parte dos grandes desafios da educação, e o contato com jornais e revistas possibilita uma leitura mais ampla do mundo em que vivemos”.(Maria Izabel. 2007, p.15).
Nesta era da informação, aprender a fazer perguntas vale mais do que obter respostas, e com o desenvolvimento das novas tecnologias, nessas últimas décadas, o ser humano tem mostrado o seu desenvolvimento com o conhecimento de mundo.
No processo educacional, é preciso que repense, o aluno é um elemento que deve ser preparado para a vida e não para o acúmulo de informações. Algo deve ser feito para que o aluno possa ser referencial da Unidade Escolar a qual ele pertence.
A presença de analfabetos (iletrados) no Brasil não nasce por acaso ou porque os indivíduos optaram por não ler, o problema é que as autoridades não estão interessadas em desenvolver o gosto pela leitura junto a todos os segmentos da população.
A leitura crítica é condição da educação libertadora, é condição para a verdadeira ação cultural que deve ser utilizada nas escolas.
A leitura escolarizada tem servido a propósitos de memorização das normas gramaticais, reprodução de dogmatismos, celebrações cívicas, aumenta de vocabulários, motivação para a reprodução textual.

Durante muito tempo, a escola priorizou a cópia e a decoreba como estratégia de aprendizagem. A situação começou a mudar no final da década de 1970. A criança estabelece, muito cedo, hipóteses em relação á escrita (primeiro ler desenhos, depois percebe que as letras existem, e por último compreender como usar as letras para escrever), por isso, é necessário compreender que as idéias do aluno envolvem e, assim, dar espaço e mostrar o que já sabe. O caminho para transformar copistas em leitores eficientes. (Emilia Ferreiro, 2003, p.14).
A estrutura do conhecimento oficial é também a estrutura da autoridade social, a dimensão quantitativa e qualitativa depende das condições de cada Unidade Escolar, portanto, o primeiro pesquisador, na sala de aula, é o professor que investiga seus alunos.
A leitura amplia nossas referências de mundo. A leitura é uma necessidade de hoje, pois as crianças precisam ter acesso á norma culta desde cedo para poder ter uma participação social afetiva no futuro.

Engana-se quem acha que escolarizar a educação Infantil está ocupando o tempo com brincadeira, para ensinar conceitos e definição de língua. Assim como oferecemos experiências com música, arte e natureza, apresentar práticas sociais de leitura e escrita é algo que as crianças também têm o direito de vivenciar. De fato, num país como o nosso, em que apenas 26 % da população é plenamente alfabetizada e onde cada cidadão lê em média apenas 1,8 livro por ano (contra 2,4 na Colômbia, cinco nos Estados Unidos e sete na França), estimular a leitura desde os primeiros anos de escolaridade é uma importante missão da escola. (Beatriz Gouveia, 2007, p.88).

Estudos mostram que a criança não utiliza o contexto espontaneamente, em particular aquelas crianças que convivem com uma história de fracasso em relação á leitura.
‘Tal capacidade pode começar a ser desenvolvida desde as primeiras séries, através de textos curtos, apoiados por gravuras, onde as possíveis dificuldades de leitura são contornadas com forma lúdica, o uso metafônico de linguagem e relação entre contexto e significado.” (Luiz Fernando Veríssimo, 1982.p.70)”.
A leitura torna-se potencialmente aberta ao pensamento operativo sobre o conteúdo. Ao invés de se classificar e avaliar as crianças segundo critérios espúrios de leitura e QI, as crianças formariam grupos, de acordo com seu próprio nível de desenvolvimento intelectual.
Com maior ou menor apoio do governo municipal, estadual ou federal, os profissionais de educação estão marcando presença em cursos de aperfeiçoamento, graduação e pós-graduação e tem procurado fazer a diferença no processo de construção de um novo modelo educacional para o país.
Objetivo geral:
.Estabelecer que a Educação é um processo de vida, e que a cultura gerada pela leitura se tornara eficaz para o indivíduo e o meio em que vive, pois serão leitores competentes com o aprendizado de diversificados textos.

Objetivo(s) Específico(s):
*Formar professores leitores de sala de aula.
*Educar o aluno para a leitura.
*Questionar quanto ao número elevado de reprovação.
*Compreender o uso estético da linguagem verbal e não verbal, no plano social, cultural e pessoal.
*Pesquisar o porquê do desinteresse do aluno.
*Estudar métodos para levantar a auto-estima do aluno.
*Averiguar textos para conhecimento e uma aprendizagem significativa.

Metodologia:
Oferecer ao educando atividades que venham despertar o gosto pela leitura e levantar sua auto-estima através de: textos narrativos, descritivos, dissertativos, jornalísticos, literários, não literários, dramatizações, momento de leitura, poesias, paródias, confecção de murais, cartazes, ouvir e interpretar músicas, assistir filmes, elaboração de entrevistas, seminários, debates, júris simulados, confecção de livros e histórias em quadrinhos.
Criar oportunidades para reflexão crítica e imaginativa do aluno, onde ele expressará suas emoções vividas no dia-a dia, elaborando um jornal escolar, produzindo programa de rádio na FM 87.9 e produzindo CD-ROM.
Convocar pessoas da comunidade para participar e liderar atividades do projeto. Formar equipes da escola juntamente com a comunidade para o desenvolvimento e avaliação do projeto, analisando:
*Se as propostas estão sendo executadas.
*O envolvimento dos professores com amor e responsabilidade.
*Está sendo válido com uma aprendizagem significativa.
*O aluno tem participado e mostrado interesse pelo programa.
*Tem melhorado a auto-estima do aluno.
*Esta tendo envolvimento com a família e comunidade.
Haverá o momento de organização e planejamento do Projeto, com Escola-Comunidade.
O Protejo será apresentado em três reuniões, e executado a partir de março até julho de 2010, tendo a culminância com a programação especial de apresentação das melhores atividades realizadas durante o projeto:
*Uma apresentação das atividades desenvolvidas em cada mês.
*O material de apoio do projeto, ser fornecido pela própria Unidade escolar.
Conteúdos:
Os diversos gêneros textuais, contextualizando com os assuntos de literatura e regras gramaticais.
- Crônicas e contos
- Lendas e parlendas
- Músicas e paródias
- Textos poéticos
- Textos jornalísticos
- Texto prosa
- Romances e etc.

Público alvo:
Colegiado escolar, grêmio estudantil, direção, professores, funcionários, alunos do ensino fundamental do Instituto Ponte Nova, famílias e integrantes da comunidade de Wagner-Bahia.
Cronograma.
Mês Atividades para desenvolver

Março: 1.Reunião com direções de grupos da escola e comunidade para falar do Projeto, e ouvir sugestões.
2.Escolher a clientela que participará do programa.
3.Apresentar o Programa á direção, professores e alunos.
4.Reunião com professores.
5.Definir as turmas e suas atividades.
6.Selecionar materiais.
7.Início do Projeto.
Abril: 8-Mobilizar as turmas para as atividades.
9. Avaliação das atividades.
10. Registros individuais.
11.Aplicar oficinas literárias.
12.Apresentação de atividades.
Maio: 13.- Produzir textos para avaliação do programa.
14.-Fazer oficinas na área da escola.
15. Apresentação das atividades.
Junho: 16- Reunião com líderes para avaliação do programa.
17 - Produzir relatórios para avaliação.
18 - Apresentação
Julho: 19- Dia da leitura.
20- Apresentação na área da escola.
21- Dia da leitura.
22- Apresentação na área da escola.
23 -Culminância do programa com;
24 -Apresentação das melhores atividades.
25 -Preparar lanche para todos os envolvidos.
26 -Considerações finais (agradecimento).
27 -Produção de relatório final.


Recursos:
*Recursos tecnológicos (Data-Show, TV, DVD, CDs, aqparelho, Microssystem, episcópio, telefone, filmadora, câmera digital, máquina de xeróx, retroprojetor).
*Material do aluno
*Material do professor
*Papel (ofício, pautado, metro)
*Jornais, revistas e livros
*Cola, tesoura, pincéis


Avaliação:
*Oralidade, pontualidade, pronúncia, participação, organização, desenvoltura.
*Apresentação teatral em hasteamento e grêmios


Referências Bibliográficas:
ALESSANDRO, Márcio de Melo. Mundo Jovem - Um jornal de idéias. Um projeto de leitura na escola. Ano 45. º 374. Março, 2007. P.5-6

LA TAILE, Ives. Revista Nova Escola. Ano XXI. Nº 197. Novembro, 2006. P.20-39

Parâmetros Curriculares - Língua Portuguesa. Vol. 2. Brasília 1997.

XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. 2ª ed. Ediouro. São Paulo, 2000.